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Polícia
Quinta - 24 de Novembro de 2011 às 09:19
Por: Ronaldo Couto/Marcos Coutinho

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Os quatro integrantes de uma das quadrilhas do "Novo Cangaço", presos entre o final da tarde e o começo da noite de ontem (quarta-feira), no município de Barra do Garças (550 km da capital), na Operação Salomão II, já foram transferidos para Cuiabá por motivo de segurança.

Um comboio de seis viaturas da Polícia Civil Judiciária (PCJ), ainda no final da noite de quarta-feira (23), deixou Barra para Cuiabá com os presos, cujas quadrilhas estão implantando o terror em Mato Grosso com assaltos à mão armada a bancos utilizando reféns como escudos humanos, que são colocados na frente das agências.

A Operação Salomão II foi desencadeada no Estado justamente para conter a onda de assaltos a banco. A PJC vinha monitorando as diversas ramificações das quadrilhas.

Dois dos quatro suspeitos detidos na Barra, dois são os irmãos Sergio Ferreira da Silva, 37 anos e Sidnei Ferreira da Silva, 30 anos. Sidnei era o mais procurado e é considerado o mais perigoso. Dioclides Vieira de Pinho, 34 anos, e o barra-garcense Lucimar Alves Soares, que é borracheiro, também foram presos.

Toda operação foi acompanhada por uma equipe do Grupo de Combate ao crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil que, desde o assalto a mão armada ao Banco do Brasil em Santo Antônio do Leste, 395 km de Cuiabá, vinha monitorando os passos dos quadrilheiros. Durante o assalto, o bando efetuou disparos e usou clientes e funcionários como escudo-humano e atearam fogo num carro.

Inicialmente, os suspeitos negam envolvimento e o borracheiro Lucimar alega que só ofereceu pouso para um dos detidos. Sidnei foi preso num lan house em frente ao terminal coletivo de Barra do Garças. Sérgio e Dioclides foram abordados num veículo Golf próximo à ponte do rio Garças. Lucimar estava na borracharia no momento que foi detido. Os suspeitos estavam com seis celulares e R$ 800,00.


Início da operação Salomão

Os suspeitos de participarem do bando de assalto a bancos Novo Cangaço presos em Barra do Garças já estavam sendo monitorados pelo GCCO desde Primavera do Leste, onde parte de uma quadrilha já tinha sido presa, conforme adiantou a coordenadora da operação Salomão II, a delegada Ana Cristina Feldner.

Em Primavera, foram presos os suspeitos de ajudar na fuga dos quadrilheiros após os assaltos, entre os quais está a policial civil de Cuiabá Silvana Cristina da Silva e seu marido João Batista Vieira dos Santos.

A policial foi escolhida estrategicamente pela quadrilha para fazer o transporte em seu veículo dos bandidos, por ser policial, estar armada e caso fosse parada em alguma barreira se identificaria como policial, se livrando de uma possível checagem.

O marido, segundo a PC, dela é considerado um dos maiores ladrões de caixas eletrônicos da Grande Cuiabá. O GCCO chegou a sua identificação durante a prisão de um traficante na Capital.

Também foram presos na primeira operação Kawara Jasmine Marques Araújo, esposa de um dos executores do assalto à agência bancária, conhecido por “Diego”, e Rafael Barros Teixeira da Rosa, dono do hotel “Recanto”, em Primavera do Leste, onde o bando ficou hospedado.

O hotel está localizado em ponto privilegiado da cidade, com visibilidade as saídas de viaturas policiais. Vale lembrar que Rafael já havia sido baleado durante confronto com a Força Tática da Polícia Militar em Nova Xavantina, quando estava fugindo após assalto a lotérica de Campinápolis.

A Polícia Civil descobriu um dos membros da quadrilha é o mesmo que esteve envolvido no assalto do banco do Brasil de Tabaporã, no ano de 2009. A quadrilha também seria a mesma que assaltou a agência do Banco do Brasil, na cidade de Poxoréu, no dia 12 de julho de 2011. O dinheiro adquirido nos roubos seria aplicado no tráfico de drogas e na aquisição de novas armas.

 






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