Para "Economist", Dilma poderia ser mais radical em "faxina"
A revista britânica "The Economist" publica em sua próxima edição artigo em que trata da corrupção no Brasil e afirma que a presidente Dilma Rousseff poderia ser mais radical na "faxina" que iniciou no governo.
A revista traz uma ilustração da presidente, com um esfregão na mão e porcos em volta do prédio do Congresso Nacional.
Ainda compara o roteiro de demissões de ministros após denúncias de irregularidades --cinco, desde junho-a uma "infinita telenovela de sordidez".
Reprodução/The Economist | ||
Segundo o artigo, a presidente tem sido mais resistente a nomeações políticas no governo, mas ainda não combateu o sistema de troca de favores que permeia a relação com o Congresso.
A revista cita a entrada do PMDB na base governista, durante o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e destaca que Dilma é mais moderada em relação ao antecessor ao aprovar verba do Orçamento para ser distribuída via emendas parlamentares.
A publicação ainda cita pesquisas de opinião para dizer que a "faxina" promovida por Dilma é popular e diz que todos os governos, desde a redemocratização do país, em 1985, tiveram algum tipo de coalizão para obter a maioria no Congresso.
"A maior parte da agenda política da presidente -melhorar educação e saúde, eliminar a pobreza extrema e investir em infraestrutura - não requer aprovação do Congresso. Ela poderia ser mais radical em sua política de limpeza", afirma o texto.
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