Ex-reitor da UnB é inocentado por Tribunal Regional Federal
Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal de desviar R$ 470 mil para decorar, com móveis e utensílios de luxo, entre eles uma lixeira de R$ 990, seu apartamento funcional.
Ele já havia sido absolvido, no ano passado, pela primeira instância da Justiça Federal, mas o MPF recorreu daquela decisão.
Além de Mulholland, também foi inocentado Érico Paulo Weidle, decano da administração da UnB.
Para a relatora do caso, magistrada Assussete Magalhães, não foi Mulholland quem decidiu gastar o dinheiro no apartamento e sim o Conselho Direito da Universidade, "órgão colegiado competente".
Segundo ela, testemunhas do processo afirmaram que o ex-reitor não teria exercido influência nas decisões e que, inclusive, profissional responsável pela decoração do apartamento não o conhecia e "não teve contato para a escolha e a compra do mobiliário".
O tribunal ainda afirmou que, apesar de terem sido comprados durante a gestão de Mulholland, todos os móveis e utensílios de luxo hoje fazem parte do patrimônio da UnB.
O dinheiro gasto no apartamento era da Fundação Universidade de Brasília. O Ministério Público argumentava que houve desvio de recursos, pois deveriam ser utilizados para investir em ensino, pesquisa e desenvolvimento institucional --e não para mobiliar o imóvel do reitor.
Os procuradores ainda podem recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Mulholland renunciou ao cargo em abril de 2008, depois que alunos ocuparam a reitoria por cerca de duas semanas. Voltou a dar aulas na UnB no ano passado, quase um ano após ter deixado a direção da universidade.
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