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Internacional
Domingo - 27 de Novembro de 2011 às 00:00

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Forças sírias mataram quatro pessoas na cidade de Homs, no sábado, segundo relatos de ativistas, pouco antes de ministros árabes se reunirem para preparar um documento com sanções contra Damasco devido à repressão das forças governistas aos protestos e à sua decisão de proibir a visita de observadores internacionais.

O governo sírio perdeu o prazo de sexta-feira para aceitar uma proposta da Liga Árabe de enviar observadores ao país, onde a ONU diz que 3.500 pessoas morreram durante uma revolta contra o presidente Bashar al-Assad que já dura oito meses.

Apesar da promessa feita pela Síria este mês de retirar o Exército das áreas urbanas e de permitir a entrada dos observadores, a violência continuou, gerando represálias da Liga Árabe, uma forte censura da Turquia e a propostas da França de uma intervenção humanitária.

Damasco, onde a família Assad já governa há 41 anos, diz que as potências regionais ajudaram a incitar a violência, que o governo atribui a grupos armados que atacam civis e suas forças de segurança.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que quatro pessoas, incluindo uma criança de dez anos, foram mortas no sábado, em incidentes separados, na cidade de Homs, uma região de oposição crescente a Assad e de grande violência sectária.

O grupo de oposição baseado na Grã-Bretanha disse que pelo menos 30 pessoas foram mortas no dia anterior, inclusive 13 membros das forças de segurança de Assad. A maioria morreu durante confrontos com desertores do Exército na província de Deir al-Zor.

SANÇÕES

Ministros árabes alertaram que, a não ser que a Síria concorde com a presença dos observadores, eles podem considerar a possibilidade de impor sanções, incluindo a suspensão de voos para a Síria, parar as relações com o banco central do país, congelar as contas bancárias do governo sírio e suspender as transações financeiras.

Eles também podem resolver cessar as relações comerciais com o governo sírio, "com exceção de artigos de primeira necessidade, para não causar impacto à população Síria," disseram os ministros árabes.

O Conselho Econômico e Social da Liga vai se reunir na noite do sábado para recomendar as sanções, que serão apresentadas durante a reunião de ministros de Relações Exteriores do grupo, no domingo.

Mas o ministro do Exterior iraquiano, Hoshyar Zebari, disse que seu país não pretende participar das deliberações e que vários vizinhos árabes da Síria tinham reservas sobre as sanções.
"O Iraque é um país vizinho da Síria e existem interesses - há centenas de milhares de iraquianos vivendo na Síria", disse ele a repórteres em Najaf. "O Líbano também pensa assim e a Jordânia também já manifestou sua oposição às sanções."

A economia da Síria já está sofrendo devido aos meses de agitação, agravada pelas sanções impostas pelos EUA e pela Europa às exportações de petróleo e a diversas empresas estatais. 






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