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Internacional
Domingo - 27 de Novembro de 2011 às 05:57

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Passado três anos do ataque terrorista a Mumbai, o governo indiano investiu neste sábado no diálogo como única via para reduzir suas disputas com o Paquistão, mas exigiu que o país vizinho pare de apoiar grupos insurgentes.

"Os assuntos devem ser resolvidos mediante um diálogo pacífico em uma atmosfera livre de terror e violência", ressaltou o ministro de Relações Exteriores da Índia, S.M. Krishna, em comunicado por conta do terceiro aniversário do ataque, que causou 166 mortos.

Krishna afirmou que "a Índia está comprometida a ter uma relação amigável e cooperativa com todos seus vizinhos", mas pediu às autoridades de Islamabad passos concretos.

O ministro lembrou que a Justiça paquistanesa ainda não condenou sete pessoas envolvidas no massacre, que está sendo julgado nesse país sem avanços significativos desde 2009 --o Paquistão alega falta de provas. Em um julgamento paralelo na Índia, o único terrorista capturado com vida durante o ataque, Ajmal Kasab, foi condenado à morte em 2010.

Apesar de sua aposta no diálogo, Krishna destacou que "nenhuma causa pode justificar o uso do terrorismo", em alusão ao suposto apoio do aparelho de segurança paquistanês a grupos insurgentes que operam na Índia e outros países da região.

Essas declarações foram feitas no melhor momento das relações bilaterais desde o ataque de três dias à capital financeira indiana, que foi lançado por um comando de dez paquistaneses e teve como alvos hotéis de luxo, um centro religioso e uma estação de trem.

O ataque em Mumbai foi atribuído por Nova Déli ao grupo terrorista com base no Paquistão Lashkar-e-Toiba e motivou a ruptura imediata do processo de diálogo entre as duas potências nucleares. Após mais de dois anos de desencontros, Índia e Paquistão concordaram em fevereiro em reiniciar conversas formais sobre os assuntos em disputa, inclusive a região da Caxemira.

Em julho deste ano, quando Mumbai voltou a ser alvo de terroristas, com uma série de explosões que causou 25 mortes, o governo indiano se mostrou cauteloso ao não acusar o Paquistão.

O Paquistão decidiu como gesto de boa vontade outorgar à Índia o status de "nação mais favorecida" com intenção de reativar o comércio bilateral, um passo que provocou manifestações de protesto de grupos extremistas.

Índia e Paquistão se enfrentaram em três guerras e outros conflitos menores desde sua independência do Império Britânico e da partilha do subcontinente indiano, em 1947.





Fonte: DA EFE

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