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Internacional
Domingo - 27 de Novembro de 2011 às 07:18

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O vice-chanceler alemão, Philipp Roesler, chamou neste sábado de "irresponsável" uma proposta de emissão conjunta de dívidas, feita pela Comissão Europeia na semana passada, e afirmou que Berlim permanecerá firme na rejeição a títulos da zona do euro.

Roesler, que também é ministro da Economia, afirmou em uma entrevista à rádio que o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, cometeu um erro na semana passada ao sugerir que os títulos da zona do euro poderiam ser emitidos assim que novas leis fossem aprovadas para garantir que os orçamentos dos países da zona do euro não infrinjam as regras do bloco.

"Eu acho irresponsável Barroso reabrir essa discussão dos títulos da dívida da zona do euro", afirmou Roesler à rede InfoRadio, de Berlim, ecoando declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, que chamou a proposta do presidente da Comissão Europeia de "extremamente inapropriada".

Roesler, líder da coalizão Democratas Livres, parceiros de Merkel, afirmou que a emissão conjunta das dívidas seria errado para a Alemanha e a Europa, porque aliviaria a pressão para que os países endividados reduzam seus deficits.

CRISE

A Alemanha se beneficiou da crise até agora, porque ela proporcionou que o país se refinanciasse com preços melhores. Os rendimentos dos títulos alemães, considerados os mais seguros da zona do euro, caíram a um valor recorde nos últimos meses.

Roesler recebeu neste sábado o apoio de Hans Michelbach, um líder da União Social Cristã no Parlamento. "Com suas propostas desnecessárias e desautorizadas para os títulos da zona do euro, (Barroso) acrescentou mais incerteza (aos mercados)", afirmou.

Na sexta-feira, Barroso afirmou que não vê a posição alemã como um grande problema. Ele defendeu a proposta da Comissão como uma possível solução para a crise.

"A posição da Alemanha, pelo que sei, é de que os títulos da zona do euro podem ser considerados quando houver maior integração e disciplina na zona do euro, então não estamos tão longe", afirmou Barroso.

"Achamos que era hora de lançar essa discussão. Nós, na Comissão, temos o dever de lançar e propor ideias e, depois, obviamente, é trabalho dos países-membros adotá-las ou não."

As propostas da Comissão Europeia são parte de uma resposta da zona do euro para a crive de dívida soberana do bloco, que está disseminada e ameaça até as maiores potências do bloco que adota o euro, que tem 17 membros, incluindo Espanha, Itália e França, elevando os custos de empréstimo desses países.

A Comissão Europeia é o braço executivo da União Europeia, que tem ao todo 27 países-membros. 






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