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Polícia
Domingo - 27 de Novembro de 2011 às 13:34
Por: Ronaldo Couto

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Querência Hoje
Nayara estava desaparecida e foi encontrada estrangulada. Os suspeitos são um colega de trabalho e próprio esposo
Nayara estava desaparecida e foi encontrada estrangulada. Os suspeitos são um colega de trabalho e próprio esposo

O esposo da jovem Naiara Pereira Quintino, 23, brutalmente assassinada em Querência (972 km de Cuiabá), também foi preso pela Polícia Civil de Ribeirão Cascalheira, sob a acusação de participação no crime. O crime chocou a cidade pelos requintes de crueldade que o cercaram, pois a moça teria sido torturada, estuprada e depois estrangulada.

O primeiro a ser preso foi o colega de trabalho de Nayara, que trabalhava numa loja de material de construção, Jhonatan Rodrigues de Souza, 19 anos, que confessou o crime. Inicialmente ele disse que matara a jovem porque ela o esnobava.

No entanto, em depoimento na delegacia, o jovem revelou ter sido incentivado pelo esposo da jovem, Washington Luis Pereira Martins, vulgo Zoreia, 29 anos, preso sexta-feira (25).

Washington nega envolvimento no homicídio, porém Jhonatan conta que foi ele o incentivador do crime, e que também teria assistido as sessões de tortura contra Nayara, de quem suspeitava de traição. 

Jhonatan disse à polícia que pegou uma carona com Nayara no final do expediente do dia 23, o dia em que ela desapareceu. No caminho, ele ameaçou a jovem com um estilete e cortou-lhe a blusa, improvisando uma tira para amarrar-lhe as mãos e depois colocá-la deitada no banco traseiro para, em seguida, transferi-la para o porta-malas.

A vítima foi levada para uma casa alugada por Jhonatan, onde, sempre segundo seu depoimento, logo em seguida chegava Washington. Incentivado pelo esposo de Nayara, Jhonatan diz que amarrou-a na cama e a estuprou várias vezes. Jhonatan ainda torturou a jovem e depois matou-a usando um pano para tampar-lhe a boca e o nariz, e depois uma sacola plástica.

Nayara, segundo o acusado, teve os olhos vendados durante a sessão de tortura. O delegado Marcos Leão, que prendeu os acusados, disse que a grande crueldade praticada contra a vítima revela um comportamento psicopata por parte dos investigados. Todavia, a Polícia Civil ainda depende de exames e acareações para confirmar a participação do marido da vítima, que nega envolvimento no crime.

Os suspeitos foram interrogados em Ribeirão Cascalheira e transferidos para o presídio de Canarana. O clima é de comoção em Querência. A jovem foi sepultada ontem em São José do Xingu. 

 






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