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Polícia
Quarta - 30 de Novembro de 2011 às 18:21

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Reprodução / TV Tem
7 são presos na região Noroeste durante Operação Colheita
7 são presos na região Noroeste durante Operação Colheita
A Polícia Federal realizou na manhã desta quarta-feira (30) a "Operação Colheita", que investiga uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas com ramificações em pelo menos quatro estados. Ao todo, 14 pessoas foram presas, sete na região Noroeste de São Paulo. Em três meses de investigação, 24 pessoas foram presas, 314 quilos de cocaína e 10 veículos foram apreendidos.

Na região de Jales, interior de São Paulo, os homens foram detidos em Votuporanga, Guarani D’Oeste, Populina e Fernandópolis.

Com um deles foram apreendidos uma moto e um carro de luxo. Todos são suspeitos de tráfico. A droga vinha do Mato Grosso e aqui do estado era distribuída para todo o país.

Cerca de 150 policiais cumpriram 24 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Os sete presos estão na delegacia da Polícia Federal em Jales.

Carro de luxo foi encontrado com suspeitos (Foto: Reprodução / TV Tem)

Carro de luxo foi encontrado com suspeitos
(Foto: Reprodução / TV Tem)

Policiais federais estão executaram a operação nas cidades paulistas de Fernandópolis, Guarani d´Oeste, Ouroeste, Populina, Estrela d´Oeste, Mira Estrela, Votuporanga, Bauru e na capital. No Mato Grosso do Sul houve mandados para os municípios de Batayporã, Deodápolis, Vicentina e Ponta Porã. Os policiais também estiveram nas cidades de Cáceres e Cuiabá, no Mato Grosso, e na mineira Iturama.

Os suspeitos serão indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico – quando duas ou mais pessoas se unem para explorar o tráfico. Os presos prestarão depoimento nas delegacias federais mais próximas de onde ocorreram as prisões.

Operação Colheita

A Policia Federal de Jales, no interior de São Paulo, passou a investigar a atuação do bando em agosto, quando 298 quilos de cocaína foram apreendidos em quatro cidades distintas do interior paulista em diferentes datas. A investigação descobriu que a quadrilha tem nos outros estados integrantes responsáveis por distribuir a droga. Os mandados de prisão e busca foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Estadual de Fernandópolis, em São Paulo.

Segundo nota oficial da Polícia Federal, dois homens de Guarani d´Oeste eram responsáveis em preparar pistas de pousos em plantações de cana-de-açúcar para pequenas aeronaves que traziam a cocaína do interior do Mato Grosso até a região de Fernandópolis.

Após o descarregamento da droga na região, ela era enterrada ou deixada em ranchos próximos ao município de Mira Estrela. Posteriormente, ela era transportada até a região central do Estado (São Paulo e Sorocaba). A investigação também demonstrou que parte da droga recebida era distribuída na cidade de Fernandópolis.

Após a apreensão de 66 quilos de cocaína pela PF em agosto deste ano, grupo mudou a estratégia e os carregamentos passaram a ser entregues em uma propriedade localizada em um assentamento rural do município de Batayporã (MS). De lá, o grupo transportava a droga até a capital paulista.

Para o transporte da droga até São Paulo, carros de luxo com porta-malas espaçosos eram utilizados. Fundos falsos eram montados na parte traseira do veículo e eram equipados com dispositivos eletrônicos que só eram acionados com combinação de ações que somente os transportadores conheciam.

Em outubro, após a identificação de dois veículos que saíram da região de Fernandópolis com destino a Batayporã (MS) a Polícia Federal conseguiu apreender 156 quilos de cocaína que já estavam dissimuladas nos fundos falsos de dois veículos e no paiol de uma propriedade rural de Batayporã (MS). Quatro pessoas foram presas, inclusive o dono da propriedade que é ex-policial militar do Mato Grosso do Sul.

Segundo estimativas da Polícia Federal de Jales, o grupo atuava na região há pelo menos um ano e pode ter transportado mais de 5 toneladas de cocaína nesse período. Essa quantidade de droga, negociada em São Paulo, pode chegar ao valor de R$ 30 milhões. 






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