Na região de Jales, interior de São Paulo, os homens foram detidos em Votuporanga, Guarani D’Oeste, Populina e Fernandópolis.
Com um deles foram apreendidos uma moto e um carro de luxo. Todos são suspeitos de tráfico. A droga vinha do Mato Grosso e aqui do estado era distribuída para todo o país.
Cerca de 150 policiais cumpriram 24 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Os sete presos estão na delegacia da Polícia Federal em Jales.
Carro de luxo foi encontrado com suspeitos
(Foto: Reprodução / TV Tem)
Policiais federais estão executaram a operação nas cidades paulistas de Fernandópolis, Guarani d´Oeste, Ouroeste, Populina, Estrela d´Oeste, Mira Estrela, Votuporanga, Bauru e na capital. No Mato Grosso do Sul houve mandados para os municípios de Batayporã, Deodápolis, Vicentina e Ponta Porã. Os policiais também estiveram nas cidades de Cáceres e Cuiabá, no Mato Grosso, e na mineira Iturama.
Os suspeitos serão indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico – quando duas ou mais pessoas se unem para explorar o tráfico. Os presos prestarão depoimento nas delegacias federais mais próximas de onde ocorreram as prisões.
Operação Colheita
A Policia Federal de Jales, no interior de São Paulo, passou a investigar a atuação do bando em agosto, quando 298 quilos de cocaína foram apreendidos em quatro cidades distintas do interior paulista em diferentes datas. A investigação descobriu que a quadrilha tem nos outros estados integrantes responsáveis por distribuir a droga. Os mandados de prisão e busca foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Estadual de Fernandópolis, em São Paulo.
Segundo nota oficial da Polícia Federal, dois homens de Guarani d´Oeste eram responsáveis em preparar pistas de pousos em plantações de cana-de-açúcar para pequenas aeronaves que traziam a cocaína do interior do Mato Grosso até a região de Fernandópolis.
Após o descarregamento da droga na região, ela era enterrada ou deixada em ranchos próximos ao município de Mira Estrela. Posteriormente, ela era transportada até a região central do Estado (São Paulo e Sorocaba). A investigação também demonstrou que parte da droga recebida era distribuída na cidade de Fernandópolis.
Após a apreensão de 66 quilos de cocaína pela PF em agosto deste ano, grupo mudou a estratégia e os carregamentos passaram a ser entregues em uma propriedade localizada em um assentamento rural do município de Batayporã (MS). De lá, o grupo transportava a droga até a capital paulista.
Para o transporte da droga até São Paulo, carros de luxo com porta-malas espaçosos eram utilizados. Fundos falsos eram montados na parte traseira do veículo e eram equipados com dispositivos eletrônicos que só eram acionados com combinação de ações que somente os transportadores conheciam.
Em outubro, após a identificação de dois veículos que saíram da região de Fernandópolis com destino a Batayporã (MS) a Polícia Federal conseguiu apreender 156 quilos de cocaína que já estavam dissimuladas nos fundos falsos de dois veículos e no paiol de uma propriedade rural de Batayporã (MS). Quatro pessoas foram presas, inclusive o dono da propriedade que é ex-policial militar do Mato Grosso do Sul.
Segundo estimativas da Polícia Federal de Jales, o grupo atuava na região há pelo menos um ano e pode ter transportado mais de 5 toneladas de cocaína nesse período. Essa quantidade de droga, negociada em São Paulo, pode chegar ao valor de R$ 30 milhões.
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