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Política
Quinta - 01 de Dezembro de 2011 às 11:20

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O DEM vai pedir nesta quinta-feira (1º) à Procuradoria que entre com uma ação civil pública e uma ação penal contra o ministro Carlos Lupi (Trabalho) pelo acúmulo indevido de cargos públicos.

A ação deve pedir ainda o ressarcimento aos cofres públicos dos salários recebidos irregularmente.

A Folha revelou hoje que Lupi ocupou simultaneamente, por quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos, a Câmara dos Deputados, em Brasília, e a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

"Vamos pedir ao Ministério Público que ingresse com ação civil pública e ação penal porque foi feito de má-fé. Ele acumulou indevidamente cargos que são incompatíveis segundo a Constituição", disse o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO).

Entre dezembro de 2000 e novembro de 2005, ao mesmo tempo em que era assessor-fantasma da liderança do PDT na Câmara dos Deputados em Brasília, como a Folha mostrou sábado, Lupi também ocupava o cargo de assessor de um vereador do seu partido na Câmara Municipal do Rio, a quase 1.200 km da capital.

Ambas as funções exigiam que ele estivesse, durante 40 horas semanais, nos locais de trabalho.

Ontem, a Comissão de Ética Pública da Presidência, em decisão inédita, recomendou a exoneração de Lupi.

"Ele não tem mais condições morais de permanecer a frente do ministério. Agora, a presidente [Dilma Rousseff] não tem mais desculpas para dizer que é uma pressão social. Foi um órgão da Presidência que constatou durante investigação que ele não tem condições de permanecer no ministério", afirmou o líder.  






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