DEM pedirá que Procuradoria entre com ações contra Lupi
A ação deve pedir ainda o ressarcimento aos cofres públicos dos salários recebidos irregularmente.
A Folha revelou hoje que Lupi ocupou simultaneamente, por quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos, a Câmara dos Deputados, em Brasília, e a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
"Vamos pedir ao Ministério Público que ingresse com ação civil pública e ação penal porque foi feito de má-fé. Ele acumulou indevidamente cargos que são incompatíveis segundo a Constituição", disse o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO).
Entre dezembro de 2000 e novembro de 2005, ao mesmo tempo em que era assessor-fantasma da liderança do PDT na Câmara dos Deputados em Brasília, como a Folha mostrou sábado, Lupi também ocupava o cargo de assessor de um vereador do seu partido na Câmara Municipal do Rio, a quase 1.200 km da capital.
Ambas as funções exigiam que ele estivesse, durante 40 horas semanais, nos locais de trabalho.
Ontem, a Comissão de Ética Pública da Presidência, em decisão inédita, recomendou a exoneração de Lupi.
"Ele não tem mais condições morais de permanecer a frente do ministério. Agora, a presidente [Dilma Rousseff] não tem mais desculpas para dizer que é uma pressão social. Foi um órgão da Presidência que constatou durante investigação que ele não tem condições de permanecer no ministério", afirmou o líder.
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