Economia informal fatura 17,2% do PIB, apontam entidades
Apesar de ser maior do que nos países desenvolvidos --onde representa cerca de 10% do PIB--, a economia subterrânea no Brasil vem perdendo espaço ano após ano. Era 17,7% do PIB em 2010. Em 2003, correspondia a 21%.
Divulgados nesta quinta-feira (1º), os dados são de pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) e do Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial).
Segundo Roberto Abdenur, presidente do Etco, a maior formalização do mercado de trabalho e iniciativas do governo como o criação da figura do microempreendedor individual ajudaram a informalidade a ceder.
O executivo calcula, porém, que o Estado brasileiro ainda perde cerca de R$ 200 bilhões ao ano em tributos em razão da informalidade. "Esses recursos poderiam ser bem melhor empregados se estivessem na mão do Estado, sob a forma de imposto."
Fernando de Hollanda Barbosa Filho, economista da FGV, diz que a tendência de queda da informalidade, porém, é consistente e tende a se manter.
Segundo Barbosa, o cálculo das atividades ilegais (contrabando, tráfico e outras) é feito com base no uso de moeda.
A FGV usa um modelo desenvolvido nos EUA pelo qual é criado um índice que faz a proporção de dinheiro em circulação em relação aos depósitos no sistema bancário.
Se o uso de dinheiro cresce de um ano para o outro sem explicação (como, por exemplo, o avanço da renda), trata-se de um indício de aumento das atividades ilegais.
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