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Cidades
Quinta - 01 de Dezembro de 2011 às 14:33
Por: Laura Petraglia

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O terceiro dia de julgamento do empresário e lobista Josino Guimarães, acusado de ter sido o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, encontrado morto há 12 anos em Concepción (Paraguai), em 1999, começa com o relacionamento nada salutar que ele mantinha com os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).

A data de hoje é considerada muito importante pelo júri popular, por causa do interrogatório do réu e das explanações da acusação e da defesa. Antes da sessão ter início, o advogado João Nunes Cunha disse que Josino iria manter a mesma linha dos depoimentos que já prestou sobre o caso, negando que tenha tenha tido  qualquer participação no crime.

Antes do interrogatório o advogado informou aos membros do Júri que seu cliente desenvolveu a síndrome do pânico no presídio, que por causa dessa síndrome passou a fazer uso de medicamento controlado, e que é por isso que pedia à procuradoria que se ativesse  ao assunto do julgamento.

Acompanhe:

12h40 – Interrogatório é interrompido para almoço e será retomado às 14 horas.

12h26 – Réu nega qualquer ligação com bandidos e traficantes como Willian Sossa, Arizoli Trindade Sobrinho. Procuradores pedem que juiz interfira junto aos advogados de defesa para que não atrapalhem mais a linha de raciocínio deles ao questionarem Josino.


12h20 -  Josino insinua que Beatriz Árias teria sido induzida pelo ex-procurador Pedro Taques a citar seu nome como mandante do crime.

12h15 – Contrariando sua defesa, Josino continua a falar sobre relação dele com Pieroni e afirma que a condenação pelo suposto inquérito fraudulento arquitetado por ele e Pieroni foi arbitrária. “Estou sendo massacrado por vocês. Nunca pedi nada a Pieroni, não tenho nada com ele”, declarou.

12h07 - Procurador pergunta se Josino conhece o delegado Márcio Pieroni. O réu afirma que sim, mas que não possui nenhuma relação com ele a não pela amizade entre suas esposas. Defesa de Josino protesta, interrompe o réu e pede que ele não responda mais nada sobre Pieroni, já que é referente a outro processo e não ao em questão.

12h01 - Procuradoria pergunta a Josino sobre relação dele com o delegado da polícia civil João Bosco. Réu diz não possui relação alguma com ele a não ser pelo fato de que Bosco tentou extorqui-lo. À época o réu denunciou a tentativa ao então procurador Pedro Taques, mesmo sabendo que Bosco possui grau de parentesco com Taques.

11h35 – Réu chora ao relatar vida na cadeia. “Esse não é o meu mundo. Ser algemado, colocado num camburão com sirene ligada, ser filmado, exposto pela imprensa como assassino”. Neste momento juiz interrompe depoimento por cinco minutos para que Josino se recomponha. Família de juiz Leopoldino se revolta e diz que o acusado está fazendo show, cena. Segundo Leopoldo Gatass, filho do juiz, estão querendo colocar Josino como um doente. Indignado Leopoldo diz não vem mais assistir o restante do julgamento.

11h31 – Josino: “O senhor não sabe oque é uma cadeia procurador – Douglas Araújo-. O senhor não sabe oque é esse lugar que colocou. Sou inocente e fui atrás do ex-procurador Pedro Taques diversas vezes para que ele me ouvisse. Eu sempre me apresentei quando a justiça requisitou. Quem deve alguma coisa não vai atrás da justiça. Eu desenvolvi síndrome de pânico. Tomo remédio pra dormir para ver se não vejo os dias naquele lugar”.

11h18 – Réu disse que ex-delegado da PF Claudio Rosa foi a um pesqueiro dele no pantanal. Ele citou aos procuradores que matém um bom relacionamento com varias pessoas, incluindo o ex-procurador federal e senador Pedro Taques. “Sempre que encontro ele – Pedro Taques – ele vem me cumprimentar. Nunca fui ate ele"


11h00 – Mais uma vez Josino nega aos procuradores qualquer relação com sargento Jesus. Porém confirma que esteve na casa do pistoleiro no aniversário da esposa dele, segundo ele a pedido do deputado federal Júlio Campos, para levar para Jesus os adesivos da campanha dele a senador.

10h40 – Josino desmente que sua casa em Chapada dos Guimarães tenha servido de palco de festas suntuosas e negócios escusos. Ele afirma que uma festa realizada no local foi só um almoço oferecido a top model Luiza Brunet e outras modelos trazidas a Cuiabá por um colunista social.

10h35 – O procurador indaga a Josino se ele conhecia e mantinha relação alguma com Leopoldino, porque o magistrado o teria acusado de ser corretor de sentenças. O réu responde que não sabe e que talvez o juiz tenha dito isso por influência do juiz aposentado compulsoriamente, José Geraldo Palmeira.

10h20 – De acordo com o réu, sua relação com juízes e desembargadores se deve a atividade comercial de compra e venda de caminhões que desenvolve. Josino revela que boa parte dos magistrados tinha propriedades rurais e que por isso vendia-lhes equipamentos agrícolas com bastante frequência.

10h05 – Josino: “Nunca tive contato algum com Leopoldino. Não conheci o juiz. Fiquei sabendo das denúncias que ele fez sobre venda de sentenças pelo jornal. Nunca tive motivo algum para fazer mal a qualquer pessoa. Não tenho arma e não ando com bandidos e nem com maus elementos. Não é isso que ensino ao meus filhos.”

10h - Josino afirma que nunca teve relação alguma com o sargento Jesus, com o qual se encontrara uma única vez, em Chapada dos Guimarães, e ainda assim deixa claro  que tal encontro foi por acaso, numa sorveteria.

09h55 – Começa o depoimento. Josino demonstra visível abatimento; ele incia dizendo que ficara surpreso com o depoimento de José Geraldo Palmeira. O juiz Rafael Vasconcelos Porto inquiriu o réu sobre a sua relação com os desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça.

 






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