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Agronegócios
Sexta - 02 de Dezembro de 2011 às 08:10
Por: Vivian Lessa

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Secom/MT
Confinamento em Mato Grosso
Confinamento em Mato Grosso
A integração da agricultura com a pecuária está dando resultados positivos para os produtores de Mato Grosso. A união das duas atividades, para o produtor de Campo Novo dos Parecis, a 397 quilômetros de Cuiabá, Valdir Jacobowski, foi uma alternativa para a agregar valor na produção. O agricultor, que tem mais de 10 mil hectares de área plantada com milho e soja, reservou um espaço para criar gado confinado, somando 2,5 mil cabeças. Segundo ele, essa prática foi adotada há três anos e será mantida em 2012. “Eu já tinha a matéria-prima disponível, que são os grãos. Desta forma, tenho mais rentabilidade”.

Não se fala em tendência, mas trabalhar pecuária e agricultura na mesma área é um dos motivos que elevou o número de animais criados em confinamento no estado. De acordo com dados divulgados pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o incremento nos últimos seis anos foi de 548%, passando de 117.879 para 763.947 cabeças de gado. O coordenador do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, observa que “o confinamento surge com a terceira safra do ano para o agricultor, que usa uma parte de sua produção para confinar”.

O levantamento realizado pelo Imea constatou que 50% da composição do concentrado oferecido na alimentação do boi são produzidos pelo próprio confinador. “Assim podemos analisar que o agricultor esta investindo na pecuária, no confinamento e semiconfinamento”. A composição do concentrado usado no confinamento é feita com 58% de milho, 10% de sorgo, 8% de farelo de soja, 8% de caroço de algodão, 8% de casquinha de soja, além de milheto, torta de algodão e outros itens.

O interesse pela atividade também aumento 28,9% se comparado ao ano passado quando 592.834 gados foram criados em confinamento em Mato Grosso. O maior aumento foi registrado na Região do Médio Norte, com 72% a mais, enquanto na Oeste houve uma queda de 16,4%. “A região do Médio Norte é grande produtora de grãos e isso demonstra a verticalização da cadeia do agronegócio, transformando grãos em proteína animal”, explica o o superintende da Acrimat, Luciano Vacari.

Mas ele avisa que a participação dos agricultores não é um motivo isolado, mas complementar para o cenário que permanece otimista. Ele revela que o confinamento é uma ferramenta que poderá não ser utilizada em determinados anos. “Dependerá muito do mercado, da condição dos pastos entre outros motivos”.

Segundo Vaqari, a estiagem do ano passado incentivou os pecuaristas a apostarem mais no confinamento neste ano. “Mas isso não significa dizer que esses pecuaristas continuarão criando gado confinado”. No entanto, Vacari destaca que Mato Grosso tem todas as condições para ser o estado com maior número de gados criados em confinamentos, além de ter o maior rebanho do Brasil, com 29 milhões de cabeças.





Fonte: Do G1 MT

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