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Cidades
Sexta - 02 de Dezembro de 2011 às 20:24

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A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, convocou nesta sexta-feira (2) uma entrevista coletiva para contestar a conclusão de estudo da Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado na última quarta (30).

Na ocasião, o Unicef apontou aumento de 16,3% para 17,6% de adolescentes entre 12 e 17 anos em situação de extrema pobreza entre 2004 e 2009 (veja a íntegra do documento), o que a ministra classificou como "erro".

O governo, por sua vez, diz que o número de adolescentes na mesma faixa de idade em situação de extrema pobreza diminuiu de 11,5% para 7,6% no mesmo período.

A assessoria do Unicef no Brasil informou no final da tarde desta sexta ao G1 que o organismo está avaliando a entrevista da ministra e se manifestará posteriormente.

O governo questiona a metodologia empregada pelo Unicef, que usa o salário mínimo como parâmetro e argumenta que, ao fazer essa vinculação, o organismo causou distorção no resultado do estudo. "Como o salário mínimo cresce acima da inflação, ele cobre mais gente do que antes porque há um aumento real progressivo da renda", disse a ministra.

O índice do governo federal considera em extrema pobreza pessoas que vivem com menos de R$ 70 por mês. O Unicef classificou como extremamente pobres os que vivem em famílias com até um quarto do salário mínimo per capita por mês (R$ 136,25).

De acordo com o ministério com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE – mesma base de dados usada pelo Unicef –, a quantidade de jovens em situação de extrema pobreza passou de 2.327.255 para 1.550.870 de 2004 a 2009. O valor do salário mínimo no Brasil de 2003 a 2009 variou de R$ 240,00 para R$ 465,00.

"Nós tivemos uma redução substancial do número de jovens pobres e extremamente pobres de 2004 a 2009 - mais ainda se formos apurar por dados a partir do Censo", disse.

A ministra Tereza Campello informou que proporá ao Unicef uma reunião no próximo dia 8 para discutir uma revisão dos critérios do estudo. O ministério vai sugerir ao Unicef que "harmonize" a série histórica divulgada na última quarta-feira, de modo a "evitar distorções quanto ao critério de classificação".

O índice oficial do governo federal para a extrema pobreza foi lançado neste ano, junto com o programa Brasil Sem Miséria , um dos carros-chefe do governo da presidente Dilma Rousseff.

  





Fonte: Do G1

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