Procuradoria investiga se Lupi cometeu improbidade em uso de jato
Imagens divulgadas mostram que Lupi teria viajado em um jato pago por Adair Meira, responsável por ONGs acusadas de fraudar a pasta, para cumprimento de agenda oficial.
O procurador da República Paulo Roberto Galvão requisitou informações ao 6º Comando Aéreo Regional, à empresa Aerotec Taxi Aéreo, ao diretório regional no Maranhão do PDT, a Lupi e ao deputado federal Weverton Rocha, ambos citados na representação que originou a investigação.
Grajaú de Fato |
Lupi desembarca de avião que, segundo a revista "Veja", foi "providenciado" por empresário |
Também serão oficiados para prestar esclarecimentos Ezequiel de Souza Nascimento, então secretário de Políticas Públicas de Emprego do ministério, e Adair Meira.
CRISE
A crise envolvendo Lupi começou após reportagem da revista "Veja" no dia 9 de novembro informar o envolvimento de servidores e ex-servidores do ministério em um esquema de cobrança de propinas que revertia recursos para o caixa do PDT.
Após a reportagem, Lupi afastou um dos envolvidos e afirmou que só deixaria o governo "abatido por bala". A presidente não gostou das declarações e ele se retratou logo depois.
No dia 12, uma nova publicação da "Veja" denunciou o uso de avião contratado por um dono de uma rede de ONGs beneficiária de convênios de mais de R$ 10 milhões com o Ministério do Trabalho.
Ontem, Lupi se reuniu com a presidente Dilma Rousseff e entregou seu cargo.
A situação do ministro ficou insustentável após a Folha revelar que ele acumulou dois empregos públicos por quase cinco anos antes de entrar para o Executivo federal.
Após a revelação, o Palácio do Planalto passou a esperar que o ministro se antecipasse e pedisse demissão. Do contrário, Dilma teria de fazê-lo.
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