Os animais foram apreendidos pelo Ibama porque, segundo o órgão, a criação ocorria em uma área de desmate, configurando assim a existência do "boi pirata".
Na última semana 488 cabeças que estavam em Santo Antônio do Leverger, a 35 quilômetros da capital, foram recolhidas pelo pecuarista. Outras 182 cabeças devem ser retiradas de Cáceres, a 250 km de Cuiabá. De acordo com o advogado Samuel de Campos Widal Filho, que defende o pecuarista na ação, o plantel restante está distribuído entre Juína e Campo Novo do Parecis, a 737 km e 397 km respectivamente, e deve ser recolhido também nos próximos dias.
Em 29 de outubro o Tribunal Regional Federal em Brasília (TRF-1) proferiu decisão suspendendo a doação do gado pelo Ibama ao IFMT. A determinação foi do desembargador federal Olindo Menezes.
A defesa do pecuarista questionou a apreensão do rebanho justificando que a criação não ocorria na área embargada da propriedade localizada na região Norte do estado. Conforme o advogado, os animais eram criados na propriedade da mãe do fazendeiro. A fazenda teria sido arrendada desde 1º de maio de 2006. Ainda conforme o advogado, quem foi notificado foi a mãe do pecuarista e não o cliente.
A superintendente do Ibama em Mato Grosso, Cibele Ribeiro, diz que o instituto está seguindo a determinação judicial e acompanha a retirada dos animais das unidades do Instituto Federal. No entanto, ela frisa que a procuradoria do orgão tenta, em Brasília, reverter a decisão que suspendeu a doação dos animais. "Entramos com um pedido de revisão da decisão. Como é decisão judicial tivemos que iniciar o cumprimento dela. Identificamos o estado sanitário [dos animais], verificamos como eles estavam para estarem aptos a serem retirados", salientou, ao G1.
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