Maria e o marido disseram que as doações vieram em uma boa hora (Foto: Tawany Marry/ G1 MS)
A doméstica Maria Marleide da Silva, 22 anos, que fez o próprio parto na quinta-feira (1º), em Campo Grande, recebeu várias doações de pessoas que se sensibilizaram com a sua história. Maria e o marido, o carpinteiro Sebastião Cáceres, 24 anos, disseram que as doações vieram em uma boa hora. Quando Marcela nasceu o casal ainda não tinha preparado o enxoval e tinham apenas um pacote de fralda e algumas peças de roupas. “Essas doações foram um presentão para a nossa família. A gente nem imaginava que ia receber tanta coisa”, disse a mãe emocionada.
Mais de 80 pessoas procuraram a família para fazer doações. Entre os produtos doados estavam pacotes de fraldas descartáveis, roupas e sapatos de bebê, um carrinho de passeio, um bebê conforto e um berço. “Mesmo a gente morando longe, várias pessoas vieram trazer as coisas aqui em casa. Isso é muito comovente. Eu só quero agradecer a todos por essa grande ajuda”, disse Sebastião.
Mãe agradece policial militar que doou roupinhas
para o bebê (Foto: Tawany Marry/ G1 MS)
O policial militar Sidnei Garcia de Freitas, 39 anos, foi um dos inúmero “padrinhos” de Marcela. “Quando minha filha me contou a história dessa mãe eu me emocionei. Trouxe algumas roupinhas para o bebê e pretendo trazer mais coisas. Eu faço alguns trabalho nessa região [Jardim Noroeste] e sei que tem muitas mães que precisam dessa ajuda”, contou o policial.
A criança, que será registrada com o nome de Marcela da Silva Cáceres, nasceu aos nove meses, pesando 3,85 quilos e medindo 50 centímetros.
O nascimento
A casa humilde, de apenas um cômodo, foi onde Marcela, de cinco dias, nasceu apenas com a ajuda da mãe. A previsão, segundo os exames pré-natais, era de que o bebê viesse apenas no dia 12 deste mês, mas o nascimento acabou alguns dias antecipado.
Sem telefone ou celular em casa, a mulher se viu obrigada a fazer todo o procedimento de parto quando a bolsa estourou, incluindo cortar o cordão umbilical da criança com uma tesoura. “Era apenas eu e Deus naquela hora. Ou ia ou ia do mesmo jeito”, disse a mãe.
A doméstica entrou em trabalho de parto na frente dos filhos, Esterferson Matheus da Silva Cáceres, 4 anos, e Beatriz da Silva Cáceres, 1 ano. “Eles não entendiam o que estava acontecendo, mas ficaram ao meu lado chamando pela neném. O menino ficou segurando minha mão o tempo todo”, contou a doméstica ao G1.
Para a doméstica, o momento de cortar o cordão umbilical foi o mais difícil. “Eu tinha uma noção de como cortar, mas fiquei meio preocupada com o umbigo dela, pois não sabia o que fazer depois”. De acordo com os bombeiros, mesmo sozinha, a mulher fez a maioria dos procedimentos corretamente e não teve nenhuma complicação.
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