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Política
Quarta - 07 de Dezembro de 2011 às 18:20

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A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou nesta quarta-feira novas restrições ao uso de bisfenol A (BPA) na fabricação de produtos para bebês. Projeto aprovado na comissão proíbe a venda de mamadeiras e chupetas que contenham essa substância.

No entanto, Miguel Bahiense, da Plastivida, instituto que representa a indústria do plástico, e Fabiana Dupont, do site Tao do Consumo, que milita pelo veto ao BPA, afirmam que as chupetas não contêm a substância.

O aditivo para plásticos está presente em produtos feitos com policarbonato, como mamadeiras e copos infantis.

Também é usado em latas de refrigerante e de alimentos, como molhos de tomate.

Estudos científicos recentes apontam que o BPA oferece riscos à saúde e poderia provocar problemas hormonais.

A decisão foi terminativa na comissão e, se não receber recurso em cinco dias, não precisa passar pelo plenário do Senado, seguindo para análise da Câmara.

Em setembro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a proibição da venda e fabricação de mamadeiras que contenham bisfenol. A indústria recebeu um prazo de adaptação até o final de dezembro.

Relator do projeto, senador Paulo Davim (PV-RN), que é médico, disse que essa substância é cancerígena e pode causar alterações hormonais e desregular a tireoide.

A grande preocupação é com o efeito sobre hormônios sexuais. O BPA poderia provocar puberdade precoce, câncer, alterações no sistema reprodutivo e no desenvolvimento hormonal, infertilidade, aborto e obesidade.

Davim informou que os Estados Unidos e a Europa já baniram a substância da composição desses materiais destinados a bebês e crianças. Ele afirma que incluiu as chupetas no projeto porque o suporte do bico pode conter o aditivo.

"É um projeto que vem prevenir que os pequenos brasileiros possam desenvolver algum tipo de câncer ou distúrbio hormonal", disse.

Para Fabiana Dupont, do site Tao do Consumo, teria sido mais útil incluir os copos infantis em vez das chupetas.

Segundo a Vigilância Sanitária, apesar de não haver resultados conclusivos sobre o risco da substância, a proibição visa a proteger crianças com até um ano de idade.  






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