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Cidades
Quarta - 07 de Dezembro de 2011 às 20:26

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Agentes da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, da Polícia Judiciária Civil, apreenderam 11 volumes, 34 caixas de documentos fiscais e notebooks na operação “Constelação”, deflagrada nesta quarta-feira (7), em empresas com suspeita de sonegação fiscal nas cidades de Barra do Garças e Alto Araguaia (509 km e 415 km a leste de Cuiabá) e no município de Jataí, no Estado de Goiás.

As equipes policiais ainda estão no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão de livros e notas fiscais nas filiais e matriz da empresa Estrela Móveis e Eletrodomésticos, a Móveis Estrela, favorecida com a diferença de aproximadamente de R$ 4 milhões, entre o valor da Notificação Auto de Infração (NAI), lavrada e o valor apurado pela Corregedoria Fazendária. A sonegação fiscal pode chegar a R$ 10 milhões.

A delegada Cleibe Aparecida de Paula, que comanda a operação, disse que a sonegação pode ser ainda maior, pois a empresa sediada em Jataí (GO) tem 115 filiais nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Conforme a delegada, a maior parte dos documentos está sendo apreendido na matriz em Jataí, onde também os policiais estão fazendo cópia magnética de todos os arquivos de computadores, arrecadando notas emitidas entre os anos de 2009 a 2011 e apreendidos livros fiscais dos últimos cinco anos (2007 a 2011).

Cleibe informou ainda que em Barra do Garças os policiais não conseguiram apreender documentos imprescindíveis as investigações na filial, mas os fiscais fazendários já relacionaram quais documentos a empresa deverá apresentar aos agentes.

As investigações da Delegacia Fazendária iniciadas em 2010 comprovaram que o fiscal de Tributo Estadual, Edson Garcia de Siqueira, preso na operação “Mala Preta”, desencadeada em dezembro de 2009, e, posteriormente, exonerado do serviço público, na companhia de outros integrantes da quadrilha mantinham um esquema na cidade de Alto Araguaia, escolhendo empresas a serem fiscalizadas e multadas em valores altíssimos, para possibilitar a negociação de “propina”.

De acordo com a investigação, pelo menos 6 empresas estão envolvidas no esquema de sonegação fiscal, todas situadas na cidade de Jataí, sede das fornecedoras e nos municípios de Barra do Garças e Alto Araguaia, na fronteira com Goiás. (Com PJC) I.B






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