Após denúncia do Sintep, Educação aciona Justiça
Após a denúncia do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), de Várzea Grande, de que os alunos da rede municipal de educação estariam recebendo abóbora temperada com vinagre, na merenda escolar, a Secretaria de Educação entrou com um pedido, junto ao Ministério Público Estadual (MPE), solicitando esclarecimentos a respeito de tal denúncia. O ofício nº 257/2103, foi protocolado nesta terça-feira (05), na Promotoria de Justiça da Comarca de Várzea Grande.
A Pasta pede que o Sindicato seja mais claro e aponte quais as escolas estão recebendo apenas esses alimentos. No documento, o secretário Jonas da Silva destaca que a Secretaria cumpre o que estabelece as orientações do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ensino e Programa Nacional de Alimentação Escolar. Para ele, tal denúncia é infundada e genérica, tendo em vista que o Sintep não cita os locais e nem apresenta documentos, que comprove.
Já o denunciante, o presidente do Sintep, Gilmar Soares afirmou que existem inúmeras escolas que não recebem a merenda escolar corretamente. Segundo ele, alguns diretores já denunciaram ao próprio Sindicato. Soares disse que não tem como elencar as escolas, uma vez que as reclamações foram em dias alternados.
“Diretores e outros funcionários já denunciaram que as escolas não recebem a merenda escolar corretamente. Eu já presenciei a cena do fornecedor chegar na escola e deixar dois pacotes de laranja, cada um com 20, para uma demanda de 600 alunos, eu vi. No Centro Municipal de Educação Infantil, Jonas Pinheiro, já teve dias dos professores fazerem vaquinha e comprar pipoca para as crianças, porque não tinha nada para elas comerem. Além do mais, a qualidade é precária. A Secretaria manda pão velho, já teve uma diretora que foi até o secretário e levou o pão para ele ver”, afirmou.
Gilmar Soares ressaltou que não há uma entrega regular da merenda nas escolas. Segundo ele, o processo licitatório é irregular e não é feito como manda o processo. “A Secretaria é obrigada a licitar 30% do recurso da merenda, em produtos da agricultura familiar e eles não fazem. Há dias em que as escolas tem merenda e há dias que não, que só tem abóbora. Não há um processo de entrega constante”, pontuou.
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