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Quinta - 08 de Dezembro de 2011 às 15:02

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Pesquisa encomendada pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde, no Norte de Mato Grosso, junto aos laboratórios Ecolabor e Tasqa, de São Paulo; e Analítica,  de Cuiabá, comprovam mais uma vez a qualidade da água consumida pela população de Lucas do Rio Verde. De acordo com o diretor do Saae, Raimundo Dantas, os estudos são realizados com frequência, como determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e em pontos diferentes da cidade, incluindo a área rural.

O estudo realizado periodicamente, tanto por profissionais dos laboratórios, quanto por técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), mostra categoricamente que não existe nenhum tipo de contaminação, nem por agrotóxico, nem por qualquer outra substância, na água distribuída no município.

Uma pesquisa desenvolvida, em 2010, por médicos e professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) revelou resíduos de mais de um tipo de agrotóxico no leite materno de residentes em Lucas do Rio Verde, município produtor de grãos, situado ao norte do estado. Em 2006, a cidade sofreu uma pulverização de agrotóxico que se espalhou pela área urbana provocando prejuízos a produtores rurais e problemas de saúde em crianças e idosos.

Das amostras coletadas de 62 mães, os pesquisadores encontraram resquício de agrotóxico em todas elas. Na maioria, foi detectada a presença de dois a quatro tipos de substâncias. Foram identificados resíduos de DDE, agrotóxico proibido há mais de uma década no Brasil. Outro produto identificado foi o endossulfan, que será banido do país a partir de 2013, por ser tóxico a trabalhadores e à população.

Segundo os pesquisadores, o leite contaminado é ingerido pelos recém-nascidos, que são mais vulneráveis aos agentes químicos.

“Boa parte dos agrotóxicos é cancerígena, causa má-formação do feto, distúrbios neurológicos e endócrinos. A segunda causa de morte no Brasil é câncer, tudo relacionado à poluição química nos alimentos, não somente os agrotóxicos, mas os solventes e metais pesados”, diz o especialista em saúde coletiva da UFMT, Wanderlei Pignati.

 
Porém, o resultado apresentado pelos laboratórios e que está a disposição de toda população, mesmo nas áreas próximas as lavouras de soja e milho não foram encontrados nenhum tipo de vestígio de contaminação por agrotóxicos, o que garante em 100% a qualidade da água consumida no município.
 
Dantas ressaltou ainda que os laboratórios contratados para o estudo são credenciados ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e todas análises foram realizadas com base nos métodos e parâmetros determinados pela Portaria nº 518 do Ministério da Saúde, que permitem detectar qualquer tipo de resíduo, inclusive de agrotóxicos.
 






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