Deucimar consegue 12 assinaturas e secretário será investigado por CPI
No olho do furacão, ex-presidente da Câmara Deucimar Silva (PP) se articulou junto aos colegas de legislativo e conseguiu o número de assinaturas suficientes para incluir o secretário de Habitação João Emanuel (PSD) na lista de investigados pela CPI, que apura a existência de superfaturamento na reforma da Câmara e que pode resultar na cassação do mandato do progressista. Até o momento, o documento tem 12 assinaturas, mas ainda não foi submetido ao crivo do plenário. Assim, João Emanuel tem até esta terça (13) para convencer os vereadores a retirar o nome do documento.
Por enquanto, não assinaram os vereadores Toninho de Souza, Éverton Pop e Edivá Alves, que são do mesmo partido; Chico 2000 (PR); e Néviton Fagundes (PTB). A vereadora Lueci Ramos (PSDB), por sua vez, não estava no plenário. “Não é por causa do partido, mas sim por uma convicção pessoal. A questão entre Deucimar e o secretário é pessoal e a pasta de Habitação já seria investigada”, argumenta Toninho. Ele reforça que todo o procedimento envolvendo o caso será avaliado, por isso, não vê necessidade em incluir o nome de João Emanuel.
De todo modo, desde que teve as contas reprovadas pelo TCE, Deucimar vem jurando defesa e jogando a “culpa” do sobrepreço na pasta de Habitação. Agora, ele busca dividir o desgaste do superfaturamento de R$ 1 milhão com João Emanuel. Na época da reforma, o social-democrata era seu colega de partido do progressista e, segundo ele, foi o responsável pela tomada de preços dos materiais.
Outro lado
O secretário, por sua vez, argumenta que o TCE já aprovou as contas da secretária e que todas as suas ações são publicadas. “Não tenho o que temer”, afirma. Ele alega ainda, que até o momento, não foi informado sobre a inclusão de seu nome nas investigações.
Comentários