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Justiça determina que MT Saúde dê continuidade a tratamento ao câncer
Márcia Pereira Cavalcante da Silva, professora de 36 anos conseguiu na Justiça, o direito de prosseguir com seu tratamento de radioterapia. Conforme a determinação da juíza da Comarca de Alto Araguaia (a 420 quilômetros de Cuiabá), Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Mato Grosso, o MT Saúde, tem três dias para autorizar e patrocinar a terapia.
O caso de Márcia é apenas mais um que aponta o despreparo do plano de saúde para com o atendimento dos titulares, bem como seus dependentes. Em processo de combate a um câncer diagnosticado em março deste ano, ela passou pela exaustiva batalha contra a doença. Foram inúmeros exames, biopsia, e sessões de quimioterapia, porém, foi negada autorização para que fosse realizada a radioterapia em acelerador linear – com energia de 6MV.
Desde então, um verdadeiro jogo de empurra-empurra por parte da administração do plano de saúde que favorece servidores estaduais começou. O MT Saúde autorizou procedimento médico que teria que ser realizado em um equipamento obsoleto. Foi recomendado a professora o uso do radiocobalto, ou bomba de cobalto - aparelho de mega voltagem em radioterapia que está em desuso no Estado desde a década de 90.
São três unidades de saúde em Mato Grosso, que oferecem o tratamento de radioterapia, em todas elas a bomba de cobalto, já foi extinta e substituída por uma máquina mais moderna - o acelerador linear. Mas, só a nova administração do MT Saúde não sabia disso.
Com a decisão favorável, Márcia, hoje respira aliviada e com isso deixa se ser mais uma cidadã a espera da boa vontade do Poder Público. Casos como o dela já somam 20 em todo o Estado, mas, até o momento só duas pessoas procuraram a Justiça e conseguiram por meio de liminar dar continuidade ao tratamento.
Os problemas entre os hospitais e o plano de saúde, se agravaram nos últimos 90 dias, após a substituição da antiga administradora do MT Saúde, a CRC Conect pelas empresas Saúde Samaritano Administradora de Benefícios LTDA e Open Saúde, contratadas em caráter emergencial, por meio de dispensa de licitação pela bagatela de R$ 56 milhões.
Fonte:
24 Horas News
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