Segurança Pública ganha reforço de investigadores e escrivães
A
Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso recebeu um incremento de 425 novos policiais civis. A formatura de 254 escrivães de polícia e 171 investigadores aconteceu, nessa terça-feira (13.12), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. Os policiais deixam a Academia para somar ao efetivo das delegacias do interior do Estado e região metropolitana.
Josi Pettengill/Secom-MT
Curso de Formação Inicial Técnico-Profissional da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso
Durante a solenidade, o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, destacou a importância da incorporação dos novos investigadores e escrivães. “Esses escrivães e investigadores representam 20% do contingente que temos atualmente. Isso vai melhorar nos projetos que temos para a Copa do Mundo. As delegacias especializadas irão ter um melhor atendimento e o interior do Estado, onde há uma necessidade muito grande, vamos fortalecer as investigações, que é o cerne da Polícia Judiciária Civil”, pontuou o secretário.
O secretário confirmou a previsão de abertura de edital de concurso no ano de 2012, para ampliação do efetivo da Polícia Civil, com a seleção de 1.660 policiais, entre delegados, escrivães e investigadores. “Já está previsto, o governador está com os números para um novo concurso, para que futuramente possamos colocar mais policiais para atender essa demanda necessária”, destacou.
A maior parte dos novos policiais será designada para as cidades fronteiriças do interior do Estado, visando atender as delegacias com maior carência de policiais. Outros 30% vão somar ao efetivo das delegacias da região metropolitana, entre elas a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, Entorpecentes e outras unidades policiais.
Os policiais começam a receber a primeira portaria de lotação nesta quarta-feira (14.12). A lotação obedece a critérios estabelecidos por portaria da Diretoria e aprovada pelo Conselho Superior de Polícia. Trata da classificação e notas obtidas na Academia durante o curso de formação.
O delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Paulo Rubens Vilela, falou do papel dos recém-formados e da inerente necessidade dos policiais, investidos de sua atribuição, na investigação e coleta de provas para o inquérito policial e ainda no emprego em operações policiais como resposta à sociedade. “Esse incremento chegou num bom momento, é de substancial importância para Polícia Judiciária Civil. A maior parte de vocês vai para interior, onde mais precisamos de gente, não só nas investigações policiais, mas também para realização de operações. O número de policial ainda não é suficiente, mas melhora bastante nosso trabalho”, destacou Vilela.
Os policiais concluíram formação do XII Curso Inicial Técnico-Profissional, ministrado pela Academia de Polícia Judiciária Civil (Acadepol), com duração de cinco meses, carga horária de 696 horas/aulas para a formação de escrivão e 732 horas/aulas para o investigador. Com o ingresso desta última turma, o efetivo da PJC passa a ser de 2.633 policiais.
A escrivã Leusa Maria Fernandes de Resende Toledo foi oradora das turmas do curso de formação. Em seu discurso destacou o apoio familiar, as amizades e os meses que passaram na Academia. “Agora somos de fato policiais civis exercendo uma das mais nobres profissões, que nos enche de orgulho, e infere-nos de uma grande responsabilidade perante a sociedade: ser guardião da Lei e da Ordem Pública”, disse.
Para o diretor da Acadepol, delegado Genison Brito Alves de Lima, a sociedade pode esperar o melhor dos policiais. “Temos aí pessoas formadas em todas as áreas, em todas as graduações e níveis. Agora vocês não são mais aqueles jovens assustados que vi na primeira vez na aula inaugural. Estão maduros e formados. É hora de fazer a diferença, de se tornarem agentes ativa de um mundo melhor”, incentivou o diretor em seu discurso.
O delegado Clay Celestino Batista, dentre todos os professores, foi escolhido para receber uma placa de agradecimento. Ele disse que nos cinco meses os policiais tiveram aulas teóricas e práticas, cumprindo uma extensa carga horária. “As aulas eram muito cansativas. Mas o objetivo era esse, que chegassem hoje, assumissem na sua comarca, na delegacia as suas funções da melhor forma possível. Todos estão preparados”, afirmou.
Para o escrivão Joel Mesquita de Souza, a expectativa de iniciar o trabalho policial é muito grande devido a valorização que as categorias passaram. “Aumentou a nossa perspectiva com relação à carreira e a gente está saindo com bastante ânimo para as delegacias. Esperamos encontrar uma sociedade que nos receba de braços abertos, que venhamos contribuir da melhor forma possível em trabalho, em prestação de serviço e atender as demandas sociais do combate a violência. Estou aberto para prestar um serviço ao Estado em qualquer lugar possível”, ressaltou.
Participaram da solenidade o coronel da Polícia Militar, Osmar Lino Farias, Anderson Aparecido Garcia (Adjunto de Inteligência da Sesp), os diretores da Polícia Civil, Sebastião Finotto, (Adjunto geral), Milton Teixeira (Inteligência), José Antonio Cavadas (Execuções Estratégicas), Aldo Silva da Costa (Interior), Luciano Inácio (Metropolitano), delegado Marcos Veloso (Superintendente da Casa Civil), e representantes da Politec, Ministério Público, Exército, Câmara Municipal, delegados, investigadores e escrivães
Comentários