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Polícia
Quarta - 14 de Dezembro de 2011 às 13:34

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Foto: Reprodução
Deputado Gilmar Fabris

Agentes da Polícia Fazendária, em cumprimento a mandados de prisões temporárias e de buscas e apreensões expedidos para desmantelar um esquema de fraudes milionárias envolvendo o pagamento de certidão de cartas de créditos fraudulentas, encontraram em espécie R$ 25 mil em uma das residências do deputado Gilmar Fabris, do Democratas. Estão sendo cumpridas buscas em propriedades do parlamentar em Cuiabá, Rondonópolis e Ribeirão Preto (SP). Entre os imóveis devassados pelos policiais está uma chácara.

Os policiais buscam documentos para subsidiar as investigações do “rombo” milionário nas contas do Estado. O nome do parlamentar aparece em uma investigação de emissão pelo Governo de cartas de crédito, no valor total de R$ 480 milhões, em favor de cerca de 300 Agentes de Administração Fazendária (AAF), aberto  depois que uma denúncia de parte de 11 deles. Há suspeita de fraude. Fabris reassumiu o cargo no final do mês dizendo que queria esclarecer a polêmica.

A Polícia Fazendária também esteve na residência, em Ribeirão Preto, do bacharel em direito Ocimar Carneiro Campos. Ele teria se mudado há pouco tempo para a cidade paulista, onde Fabris também teria uma casa. Ocimar é casado com a irmã da esposa do deputado.  A principio, a Polícia não teria conseguido prender Ocimar Campos. Outro que está com prisão decretada, mas está foragido é Wiliam César Nepomuceno, assessor parlamentar do deputado.

Em verdade, segundo fontes da Polícia, das seis prisões decretadas pela Justiça Estadual a pedido da Delegacia Fazendárias, apenas duas resultaram em êxito. Também foram expedidos 14 mandados de buscas e apreensões.

 Um dos que estariam presos é o economista Antônio Leite Barros, que atua como contador. De acordo com fontes da Polícia, Leite Barros é funcionário de carreira da Prefeitura de Várzea Grande, cidade da região metropolitana de Cuiabá. Ele teria sido contratado para apresentar uma contraprova de um parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) sobre a suposta fraude.  Outro preso é Enildo Martins, funcionário da Secretaria de Fazenda.

A Polícia também aguarda a apresentação de Enelson Alessandro Nonato, advogado, que já teria feito contato, e deve acontecer na tarde desta quarta-feira, 14. Um fiscal de tributo estaria foragido. 

Os agentes também foi feita buscas e apreensões na casa de José Constantino Chocais Júnior, no bairro Parque Cuiabá, onde foram apreendidos CPUs e outros documentos.

As investigações da Polícia iniciaram em julho deste ano, com denúncia do pagamento em valores muito acima dos efetivamente devido.  Um representante da categoria dos agentes fazendários teria se apropriado indevidamente de parte dessas cartas emitidas pelo Estado e estaria negociando as cartas acima do valor permitido.
 
O Governo determinou a Auditória Geral que realizasse um levantamento detalhado, onde constatou que eram feitos acordos extrajudicial, resultado em prejuízo ao erário público. “O governador ao tomar conhecimento das irregularidades determinou a suspensão de toda e qualquer compensação das cartas de créditos”, disse o delegado Lindomar Tofolli.
  






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