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Polícia
Quinta - 15 de Dezembro de 2011 às 11:05
Por: Leandro J. Nascimento

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Nove pessoas ainda são procuradas na operação "Sétimo Mandamento", deflagrada nesta quarta-feira (14) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), contra suspeitos de envolvimento em crimes como assalto em residências e estabelecimentos comerciais e "saidinhas de banco", em Cuiabá, Várzea Grande e possível ramificação para o interior do estado.

Ao todo, 44 mandados de prisão preventiva foram expedidos pela Justiça e atéa noite desta quarta-feira (14) um total de 35 mandados tinham sido cumpridos. Apreensões de armas foram feitas, como um fuzil calibre 762, uma pistola 9 mm e um revólver calibre 38. De acordo com o MP, foram encontrados ainda cápsulas de bala calibre 38 e 44, um explosivo de 50 cm, R$ 125mil em dinheiro e 10 veículos utilizados nos assaltos.

A quadrilha desarticulada pelo Ministério Público de Mato Grosso, em parceria com as forças de segurança do estado, agia principalmente com a prática de roubos contra clientes que deixavam agências bancárias após sacarem dinheiro, ou mesmo aqueles que se dirigiam às instituições para efetuar depósitos. Tais crimes eram conhecidos como "saidinhas" e "chegadinhas", respectivamente. De acordo com o promotor Arnaldo Justino, responsável pelas investigações, os suspeitos de envolvimento no crime organizavam-se em quatro grupos, cada um com líder.

Para assaltar os clientes, eles dividiam-se de acordo com as especialidades. Uma pessoa era responsável por, de dentro das agências bancárias, informar aos comparsas vítimas em potencial. A preferência era por vítimas que sacavam montantes acima de R$ 2 mil. Na lista das funções, outros suspeitos dedicavam-se em seguir as vítimas, enquanto outros assumiam a função de assaltar. "A quadrilha é a maior que agia na baixada cuiabana em relação aos crimes de roubos, saidinhas, chegadinhas de banco. Foi trabalhoso, mas conseguimos identificar os integrantes durante as investigações", declarou o promotor.

Na lista dos suspeitos de integrarem a quadrilha estão pessoas que respondem por crimes como roubo, furto, entre outros. O Ministério Público aponta ainda que embora a principal região onde o grupo agia seja a grande Cuiabá, formada também pela cidade de Várzea Grande, na região metropolitana da capital, é possível que o mesmo grupo tenha ampliado sua ação para municípios do interior. "O grupo combinava entre si a melhor forma de agir, na observação da vítima", acrescentou Arnaldo Justino.

Nas investigações que duraram três meses, o Ministério Público mapeou a ação da quadrilha mediante levantamento das principais ocorrências registradas junto às polícias Civil e Militar e que relacionadas a crimes de assaltos. Vítimas foram ouvidas, o perfil dos crimes analisado e a estrutura organizal do grupo monitorada.

Golpe
O secretário-adjunto de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, classifica como um "golpe" a desarticulação da quadrilha. "Foi um grande golpe a retirdada de circulação dessas pessoas que atormentavam Cuiabá. Mas ainda não acabou", citou. Os horários de maior movimento nas agências bancárias são os preferidos. A maior parte dos assaltos ocorreu nas imediações dos estabelecimentos, como ruas e estacionamentos.

Crimes identificados
Trinta e nove crimes foram identificados pelo MP, praticados pela mesma equipe. "Eles chegavam nas vítimas sabendo onde estava o dinheiro", declarou o pormotor Sérgio Silva da Costa. Conforme o representante, o conhecimento do local onde a vítima guardava o dinheiro era possível porque os "olheiros" encarregavam-se de observar toda a movimentação dentro.





Fonte: Do G1 MT

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