Três pessoas prestaram depoimento nesta quarta-feira (14) por suspeita de envolvimento nas mortes. A Polícia Civil informou que o dono da farmácia de manipulação, uma farmacêutica responsável pela produção dos remédios e o gerente da empresa são ouvidos.
O dono da empresa falou por mais de cinco horas com a polícia. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Herta Coimbra, todos prestaram as informações necessárias e agora é investigar onde foi cometido o erro.
Policiais voltaram ao laboratório interditado e recolheram o livro de registro com anotações da produção e venda de comprimidos nesta quarta-feira (14). Duas pessoas que fizeram o uso do medicamento permanecem internadas em um hospital da cidade. De acordo com a Polícia Civil, os parentes das vítimas devem ser ouvidos nesta quinta-feira (15).
Investigação
De acordo com a nota divulgada pela SES, a investigação começou no dia 1º de dezembro e aponta uma possível relação entre as mortes e o medicamento Secnidazol 500 mg, produzido pela farmácia de manipulação Fórmula Pharma e utilizado para combater verminoses.
O G1 tentou entrar em contato com a Fórmula Pharma, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.
A investigação começou depois de uma notificação de dois casos suspeitos de intoxicação feita no dia 30 de novembro pela Superintendência Regional de Saúde de Teófilo Otoni. No dia 3 de dezembro, foram coletadas amostras na farmácia e foi realizada uma interdição cautelar na área de manipulação de sólidos orais.
Na manhã de sábado (10), técnicos da SES, da Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni e militares da PM foram à farmácia para coletar possíveis provas. Ao chegarem ao local, constataram que, apesar da interdição cautelar, o estabelecimento continuava a dispensar medicamentos manipulados. O local foi totalmente interditado e um boletim de ocorrência contra o responsável pelo estabelecimento foi registrado.
A Secretaria de Saúde faz um alerta para que a população não utilize o Secnidazol 500 mg e nenhum outro medicamento da Fórmula Pharma durante a investigação. Ainda segundo a SES, outras 11 pessoas podem ter usado o medicamento, de acordo com documentos encontrados na farmácia.
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