A condição de Katie a faz ter medo de ver filmes muito tristes - que possam fazê-la chorar - ou até de sair de casa em dias chuvosos. Os banhos também não podem ser muito demorados. Natação é uma atividade quase proibida. Em todos os casos, a água faz com que sua pele apresente marcas doloridas, parecidas com queimaduras.
Ela precisou deixar o emprego de professora de dança em Flint, no País de Gales, pois até mesmo o suor de seu corpo causava forte reação alérgica ao entrar em contato com a pele.
Katie Dell, 26 anos, tem uma alergia a água que só piora com o passar dos anos. (Foto:Caters News)
Os primeiros sintomas vieram quando ela tinha 16 anos, após uma operação na língua. Depois da operação, ela supôs ser alérgica a penicilina, o mais antigo dos antibióticos. Os médicos de Katie acreditavam que a medicação havia alterado os níveis de histamina dela - essa é a substância responsável no corpo humano por gerar alergias.
Mas os sintomas retornavam toca vez que ela tocava em algo molhado. Os médicos começaram a achar que Katie estava fingindo as reações alérgicas, já que o conhecimento sobre a doença é escasso.
Desacreditada pelos médicos, ela ainda tentou mudar as marcas de sabonete, de shampoo e de condicionador. Depois de todas as tentativas falhas, ela decidiu pesquisar na internet sobre pessoas com casos parecidos com o dela.
Segundo Katie, sua condição continua a piorar diariamente e tende a ficar mais severa com o passar dos anos. No passado, ela sentia apenas uma coceira leve. Atualmente, as reações alérgicas são tão fortes que fazem Katie chorar de dor - mas ela se recusa a chorar, para não aumentar a alergia.
A doença não tem cura. Segundo Lindsey McManus, britânico especialista em alergias, a doença pode ser causada por muitos fatores, desde a temperatura da água até compostos químicos misturados no líquido.
Comentários