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Política
Sexta - 16 de Dezembro de 2011 às 08:05

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O deputado Delegado Protógenes (PC do B-SP) afirmou nesta quinta-feira ter conseguido 173 assinaturas para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com a intenção de investigar as acusações feitas pelo livro "A Privataria Tucana".

O livro, escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr., acusa o ex-governador José Serra de receber propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"A perspectiva é chegar a mais de 250 assinaturas", disse Protógenes, que vai protocolar o pedido de abertura de CPI na próxima terça-feira.

Para abrir uma comissão na Câmara dos Deputados são necessárias 171 assinaturas.

Segundo o deputado, assinaram o requerimento deputados governistas --entre eles a "metade da bancada do PT"-- e da oposição --PSDB, DEM e PPS.

"Eles pediram para não divulgar o nome. E quem já colocou a assinatura recebeu pressão para tirar, mas não vai tirar", afirmou Protógenes.

De acordo com ele, a CPI não pretende fazer uma revisão das privatizações feitas no governo FHC. "Ela vai fazer uma investigação dos possíveis ilícitos e irregularidades cometidos na década de 90."

O deputado pedirá ainda uma audiência pública com o jornalista na próxima semana.

"Tem investigações policiais que possivelmente vão ser desarquivadas", afirmou o delegado licenciado da Polícia Federal, em referência à Operação Satiagraha.

O deputado disse ainda considerar "sensata" a decisão do líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), e do líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), de não assinarem o pedido.

LIVRO

Publicado pela Geração Editorial, "A Privataria Tucana" foi escrito por Amaury Ribeiro Jr., que no ano passado foi acusado de participar da montagem de uma central de espionagem no comitê da campanha da presidente Dilma Rousseff.

O livro sustenta que amigos e parentes de Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e as usaram para movimentar milhões de dólares entre 1993 e 2003, mas não oferece nenhuma prova de que esse dinheiro tenha relação com as privatizações.

Algumas informações do livro circularam na campanha eleitoral do ano passado e boa parte do material foi publicada antes por jornais e revistas, entre eles a Folha.  






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