Professores de Cuiabá têm o 2º maior salário do país
No ranking de melhores salários dos professores municipais em todo o país, Cuiabá só ‘perde’ para Campo Grande. No regime de 40 horas, os educadores de Cuiabá recebem R$ 2.657,02. Os professores de Campo Grande (MS) ganham R$ 266,46 a mais que os da capital mato-grossense. Na outra extremidade da lista, o município de Macapá (AP) amarga a última posição com R$ 839,00 mensais.
A liderança no ranking é consequência de um plano de valorização da educação municipal, iniciado na gestão do então prefeito peessedebista Wilson Santos (2005-2010). “Quando assumi a prefeitura, os professores recebiam R$ 1.040 por 40 horas de trabalho”, lembra o ex-prefeito. “Essa política de valorização do professor ofereceu aumento real no salário”.
“Essa questão salarial é só a ponta do iceberg”, diz Santos. “A educação foi a minha menina dos olhos e não podia ser diferente, sou professor”, completou. Além da ênfase nos subsídios, o tucano lembra de que enquanto estava à frente do Alencastro, cada um dos 2 mil professores da rede municipal recebeu um computador.
“A prefeitura entrava com dois terços do valor do computador e o professor pagava o resto”, lembra. Dentre as ações feitas para valorizar a educação municipal, o ex-prefeito, que hoje voltou a dar aulas, elenca o trabalho feito desde as creches até a preparação para o vestibular.
“Cuiabá tem hoje 49 creches e nós implantamos a gestão democrática. Não há mais indicação, é a própria comunidade que elege a diretoria”. Além de aumentar o número de crianças nas creches, durante o mandato de Wilson, 4 mil jovens entraram em universidades públicas e privadas por meio de programas sociais como o Cuiabá Vest e o Bolsa Universitária.
Antes de deixar o posto, o ex-prefeito conta que ainda teve o cuidado de garantir a continuidade na valorização da educação. Foi criado um plano de diretrizes da educação de 10 anos, que tem de ser cumprido independentemente de quem seja o prefeito.
Para finalizar, Santos justifica sua atenção especial à Educação. “Ninguém é melhor do que ninguém. O que falta às pessoas são oportunidades e essa é a principal função do Estado Brasileiro”, afirma.
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