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Nacional
Sábado - 17 de Dezembro de 2011 às 07:24

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Jadson Marques/ Ag. Estado
Táxi cai em buraco durante chuva em Campo Grande
Táxi cai em buraco durante chuva em Campo Grande
A partir deste sábado (17), a central de monitoramento e alerta de desastres naturais do governo federal (Cemaden) vai passar a funcionar 24 horas por dia, segundo anúncio do ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, nesta sexta.

A medida visa reduzir em 2012 o número de vítimas de desastres naturais. Em 2011, houve um recorde de 1500 mortos em função de chuvas. O número, de acordo com o ministério, supera em 50% anos anteriores.

“Os extremos climáticos estão se agravando no mundo. As perdas materiais estão crescendo fortemente. Muitos países, como a Índia e a Colômbia e assim como o Brasil estão implantando neste ano um sistema de alerta que não tinham”, disse o ministro em encontro com jornalistas.

Algumas áreas de risco, no entanto, ficarão fora da cobertura. Salvador, o sul da Bahia e Vitória não têm ainda monitoramento por radar, mas contam com pluviômetros, que medem o nível das chuvas. Segundo o governo, há 251 cidades – localizadas principalmente nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste -- que apresentam histórico de desastres e são consideradas de “risco elevado” para desastres.

De acordo com Mercadante, o governo se preparou para o ano que vem ao integrar quase toda a rede de radares e satélites do país em 2011. O CPTEC/ Inpe passou a monitorar 21 radares da Aeronáutica e radares estaduais. Para a região Nordeste, foi instalado um grande radar no Ceará, que monitora boa parte da região.

Esses dados são centralizados no Cemaden. Ao identificar risco de desastre, o centro emite alerta diretamente para os estados e prefeituras.

“Em alguns casos, tenho ligado pessoalmente para governadores quando acho que merece por ser uma situação especial. Por exemplo, no Espírito Santo quando emitimos alerta para grande Vitória [no final de novembro]”, disse Mercadante.

Aviso por celular
Mercadante listou uma série de ações que o governo quer colocar em prática a partir de 2012 para reforçar o sistema de prevenção de desastres. Uma delas é um sistema de aviso de risco por celular, que não tem previsão para entrar em funcionamento.

“Já estamos fazendo testes numa área crítica da Grande São Paulo onde acidentes vem se repetindo”, disse. Para o ministro, esta é uma forma de reagir rápido aos alertas do Cemaden. Ele quer, no entanto, treinar a população para saber como reagir aos avisos.

“Em um deslizamento vamos ter de duas a seis horas para emitir alerta, então além do alerta vamos ter que ter um treinamento. Em geral são comunidades carentes, de difícil acesso e vamos ver como fazer. O Rio de Janeiro, por exemplo, está usando os agentes comunitários de saúde que tem acesso e credibilidade nas comunidades.”

Chuva deixa famílias desalojadas em Medeiros Neto, extremo sul da BA (Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)

Chuva em Medeiros Neto, extremo sul
da BA (Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)

Em 2012, o ministério quer ainda instalar 1300 pluviômetros em áreas de risco e preparar os moradores para ler as informações do equipamento e saber quando está em risco.

“Começamos a discutir uma parceria com a ONG Ação da Cidadania para identificar quais comunidades que vão receber esse pluviômetro. Eles receberão celulares que se conectam com o pluviômetro e manda a mensagem para o Cemaden”, explicou o secretário de políticas e programas de pesquisa e desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre.

Metas
Das 251 cidades em risco, apenas 28 estão mapeadas atualmente. O mapeamento é que permite saber qual o volume de água é necessário para provocar enchente ou deslizamento numa área.

Segundo o ministro a meta é mapear todas até 2014 e, no ano que vem, cobrir 90% de sua área com radares, já que atualmente apenas 31 têm essa cobertura.

Outro objetivo é reduzir a média brasileira de mortes por desastres naturais. Números apresentados por Nobre mostram que historicamente o Brasil costuma registrar cerca de 1 morte deste tipo a cada um milhão de habitantes por ano.

Na Europa, a média é cinco vezes menor e, nos Estados Unidos, vinte vezes menor. Aqui, a proposta é alcançar a Europa até 2014, segundo o secretário. 





Fonte: Do G1

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