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Polícia
Quarta - 06 de Novembro de 2013 às 19:46

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A Justiça de Mato Grosso concedeu o benefício da prisão domiciliar para o delegado da Polícia Civil João Bosco de Barros, suspeito de proteger uma quadrilha de traficantes de drogas que atuava no estado. Ele estava preso desde o 21 de setembro, quando se entregou à polícia após ficar 15 dias foragido. A decisão também é válida para a mulher dele, a investigadora Gláucia Alt, suspeita do mesmo crime. Os dois negam as acusações.

A determinação é da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do estado, que negou pedido de habeas corpus dos suspeitos que pediam a soltura e a anulação de novo mandado de prisão, respectivamente, e decidiram pela prisão domiciliar. Os desembargadores, no entanto, mandaram que Bosco e Gláucia continuem afastados da função pública e os proibiram de manter contato com qualquer testemunha do processo e de deixar a cidade sem autorização judicial.

A previsão do advogado Paulo Taques, que defende o delegado e a mulher, é que Bosco seja colocado em liberdade ainda nesta quarta-feira (6). Taques informou que ainda estuda a possibilidade de entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para revogar a prisão domiciliar e colocar o cliente em liberdade.

O suspeito, que atuava na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e inicialmente deveria ter ficado recolhido na Polícia Interestadual do estado (Polinter), onde apresentou-se, acabou transferido, com autorização judicial, para o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar, localizado na MT-010.

Bosco, Gláucia e outros quatro policiais civis foram presos durante a Operação Abadom, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), deflagrada em junho deste ano para desarticular um esquema de tráfico de drogas em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. O delegado e a investigadora ficaram cerca de uma semana presos e foram soltos.

Depois, o processo foi transferido da Comarca de Várzea Grande para a Vara do Crime Organizado em Cuiabá, e as prisões preventivas dos dois foram decretadas novamente, em setembro. A investigadora, no entanto, teve o pedido de prisão revogado no mesmo mês, por uma decisão liminar, antes mesmo de ser presa. Bosco se entregou no dia seguinte.

Os suspeitos respondem na Justiça pelos crimes de associação ao tráfico e corrupção passiva. E, apesar de afastados dos cargos, continuam a receber os salários normalmente.

Os outros quatro policiais, que estavam presos na Polinter acusados pelos crimes de concussão, extorsão mediante sequestro e abuso de autoridade, conseguiram na Justiça alvarás de soltura e devem ser colocados em liberdade nesta quarta-feira. Entretanto, eles terão que cumprir as mesmas medidas cautelares que Bosco e a mulher.





Fonte: Do G1 MT

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