Riva diz faltou "pulso firme" e melhor gestão do Governo

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), reconheceu que faltou pulso firme e uma melhor gestão por parte do governo estadual para controlar os gastos em 2011, o que acabou gerando um desequilíbrio nas contas, exigindo que o governador Silval Barbosa (PMDB) tomasse medidas mais drásticas e mantivesse o orçamento contingenciado durante todo o ano.

“Houve uma falha na condução da gestão orçamentária, um certo descontrole. O erro é do governo como um todo e não vou especificar uma área. Acho até que a Assembleia é responsável porque, se fizer isso de forma mais permanente por meio da Comissão de Acompanhamento Orçamentário, tem condições de acompanhar diariamente o fluxo de caixa do governo e facilitar o controle”, afirmou o parlamentar.

A avaliação do deputado foi feita após ser questionado sobre a previsão orçamentária para 2012, já que, neste ano, a arrecadação não atingiu o planejado pelo governo estadual e tem feito o Estado apertar o cinto. A última tentativa do governador Silval Barbosa (PMDB) de reduzir os gastos foi decretar férias para os servidores com folgas ou licenças-prêmios acumuladas.

Mesmo diante de uma crise mundial, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, Riva afirma que o orçamento para 2012 está subestimado. Ele disse acreditar que Mato Grosso tem capacidade de superar as expectativas da equipe sistêmica. No entanto, o parlamentar defende a manutenção de uma projeção pessimista para evitar danos ao erário.

“O orçamento do próximo ano está subestimado e vai superar a previsão de arrecadação. [Em] primeiro [lugar] porque a onda de crise na Europa e nos Estados Unidos acaba causando receio nos planejadores, provocando um planejamento pessimista porque, se o Estado faz uma previsão que não se realiza ele paga caro por isso”, justificou.

Questionado ainda se houve falha na projeção feita para 2011, Riva não acredita que a receita deste ano esteja aquém do esperado e reforça que o desequilíbrio nas contas ocorreu por falta de melhor controle na gestão.