Até novembro, saldo de empregos superou 46 mil postos. Resultado é fruto do número maior de contratações frente às demissões.
Saldo de emprego em MT é crescente nos últimos dois anos

Mato Grosso registrou crescimento de 65,9% no saldo de empregos entre janeiro a novembro na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o número de trabalhadores mantidos em seus postos no período avançou de 27.766 no acumulado de 2010 para 46.076 no mesmo intervalo de 2011. O saldo é equivalente a diferença entre as contratações e desligamentos. Uma vez em que se mantém positivo, indica um volume maior de admissões.

Em 2011, a expansão do emprego foi puxada principalmente por setores como de serviços, com saldo de 11.005; o comércio, 10.705; e a agropecuária, outros 10.571. A construção civil contribuiu com o saldo de 6.874 postos de trabalho; a indústria de transformação outros 5.365.

Em 2009, a diferença obtida entre as contratações e demissões resultou em 20.046 empregos, passando no ano seguinte para 27.766 mil. Para o economista Fernando Tadeu de Miranda Borges, o aumento da renda da população, associado ao maior consumo, contribuiu com os resultados positivos do estado.

"A economia aquecida significa que as pessoas estão investindo e é uma relação entre as famílias, empresas e governo. Quando se mantém aquecido, fomenta-se o investimento, aumenta-se a renda e diminui as diferenças", declarou, em entrevista ao G1.

Baixa
Ao analisar o desempenho individual do mês de novembro o Caged identificou recuo na geração dos postos de trabalho. Isto porque houve redução de 5.791 empregos celetistas no estado, equivalente à retração de 1,02% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada no mesmo mês do ano anterior, conforme o Caged.

O governo aponta fatores "sazonais" como responsáveis pelo saldo negativo, puxado principalmente por setores como a agropecuária, que recuou em 3.986 os postos, devido às atividades ligadas ao cultivo da soja, com menos 1.770 postos.

Para os especialistas, o setor agrícola costuma aumentar o volume de demissões nesta época do ano porque os trabalhos, relacionados ao plantio da soja, encerram. Ou seja, empresários ampliam as contratações em épocas quando a semeadura está prestes a iniciar - a partir do término do vazio sanitário - e reduzem quando os serviços finalizam. Mesmo assim, a agropecuária mantêm-se como uma das principais geradoras de emprego ao longo dos meses do ano.

Municípios
Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, foi a cidade que apresentou o melhor saldo de empregos entre janeiro a novembro, de acordo com o Caged, em novembro. As admissões no mês somaram 1695 e as demissões 1538. A variação positiva gerou diferença de 157 postos mantidos, tornando-se o melhor dentre os municípios com mais de 30 mil habitantes. Cáceres, Juína e Aripuanã, a 250 km e 737 km da capital, obtiveram o segundo e terceiro melhores desempenhos, pela ordem.