De acordo com o diretor técnico da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Largo, Kengi Itinose, foi aberto um processo de investigação para averiguar o ocorrido. Itinose afirmou que não houve erro técnico. Havia um frasco escrito carvão ativado que não correspondia ao padrão dos existentes no centro médico. “Não posso dizer se foi acidental ou intencional”, declarou ao G1 o diretor. Ele enfatizou que é preciso descobrir como o chumbinho foi parar dentro do centro médico.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), entre 2010 e 2011 foram registrados 245 casos de intoxicação por chumbinho em humanos no Paraná e dez pessoas morreram. A maior parte das incidências está na Região Metropolitana de Curitiba, com 129 notificações.
O caso levou as vigilâncias municipal e estadual de saúde a inspecionar o centro médico. Os agentes foram até o local e apesar de não encontrarem amostras do chumbinho, interditaram os setores de pediatria, lavanderia, central de materiais e posto de enfermagem. Nestes locais há problemas estruturais como leitos enferrujados, paredes que necessitam de pintura e inadequação dos banheiros. Na central de materiais, por exemplo, descobriu-se que os equipamentos utilizados para esterilização estão ultrapassados. Em alguns casos, em desacordo com a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Secretaria Municipal de Saúde deve apresentar um cronograma para o início das obras de adequação no final de janeiro. O centro médico será liberado apenas após todas as exigências serem atendidas. Na avaliação de Itinose, o atendimento ao publico não estará comprometido neste período. Segundo ele, os adultos continuam sendo atendidos no local e as crianças são encaminhadas para o Hospital Waldemar Monastier.
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