O drama da dona de casa começou na manhã da última terça-feira (20). A mulher chegou à Santa Casa de Araguari já em trabalho de parto por volta das 6h. Ela foi atendida, mas segundo a avó das crianças, Lúcia de Fátima Brito Pereira, o médico responsável disse que não faria o parto porque havia apenas um leito de UTI Neonatal disponível no hospital.
Durante todo o dia a família tentou conseguir os leitos. Chamou a Polícia Militar e depois procurou Ministério Público. Por volta das 17h30, a grávida foi levada para o hospital particular em Patos de Minas.
O médico que recebeu a paciente na cidade do Alto Paranaíba garantiu que o caso era grave. “Ela chegou com 10 centímetros de dilatação e com indicação de cesariana absoluta. O braço de um dos bebês estava saindo pelo útero. Então tinha que ser feito o parto imediatamente. A gestante correu risco de ganhar esse neném durante a viagem”, disse ginecologista e obstetra Sérgio Piau.
O médico informou ainda, que a unidade não tinha leitos de UTI Neonatal disponível, mas o hospital improvisou duas incubadoras para acolher a paciente. “Nós temos 20 vagas e todas estavam ocupadas. Tivemos que adaptar já que os hospitais de Araguari, Uberlândia e Uberaba estavam lotados”, acrescentou.
O pediatra Vander Guimarães, que recebeu trigêmeos, informou que a única menina já estava morta no útero da mãe há algum tempo. “Ele já estava mumificado e isso significa que o bebê estava morto, independente da demora no atendimento”, disse.
O parto foi acompanhado pela equipe da Tv Integração, afiliada Rede Globo. Na entrada do centro cirúrgico a enfermeira saiu com a primeira criança embrulhada e, cinco minutos depois, com a segunda. Eles vão ficar internados na UTI Neonatal. Elza de Fátima Brito Pereira falou com a equipe de reportagem e disse que agora está mais tranquila.
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