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Política
Quarta - 21 de Dezembro de 2011 às 16:49

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O deputado estadual por Mato Grosso, Gilmar Fabris (PSD), negou nesta quarta-feira (21) qualquer envolvimento no suposto esquema de cartas de crédito que foi alvo da Operação Cartas Marcadas, deflagrada na semana passada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública.

Fabris também criticou o levantamento feito pela Auditoria Geral do Estado (AGE) que revelou a existência de acordos extrajudiciais supostamente irregulares. Depois do estudo, o governador Silval Barbosa (PMDB) determinou que as cartas de créditos envolvidas fossem momentaneamente suspensas.

O trabalho da AGE se concentrou na emissão das cartas de crédito aos 290 servidores da carreira de Agentes da Administração Fazendária. A investigação da Polícia Civil apontou que foram emitidos pelo governo milhões em cartas de créditos supostamente irregulares. A operação foi deflagrada no último dia 14 em quatro cidades de Mato Grosso e em São Paulo. Cinco pessoas chegaram a ser presas na época, mas já foram soltas.

De acordo com o delegado Lindomar Tofolli, que conduziu a investigação da polícia, a administração estadual deveria pagar R$ 380 milhões em documentos oficiais a 290 funcionários da Sefaz em um processo que tramitava há 16 anos, porém, após um acordo extrajudicial os funcionários aceitaram receber R$ 142 milhões em cartas de créditos. Entretanto, foram emitidos pelo governo do estado R$ 630 milhões nos anos de 2008, 2009 e 2010, gerando uma diferença de R$ 488 milhões em relação ao valor que deveria ser inicialmente destinado.

 

O deputado estadual também comentou a reportagem exclusiva divulgada na noite desta terça-feira (20) pela TV Centro América (Assista ao lado). A reportagem mostrou que a Polícia Fazendária vai abrir uma nova investigação para apontar uma suposta lavagem de dinheiro envolvendo membros do suposto esquema criminoso.

Foram mostradas imagens de uma chácara de alto padrão no interior de São Paulo que pertence a esposa do deputado. O deputado disse que a chácara avaliada em até R$ 15 milhões pertencia a família de sua esposa. A polícia informou que tenta rastrear a origem do dinheiro e saber se o imóvel foi adquirido irregularmente.

“Não precisa investigar. Porque eles querem investigar o patrimônio. Desde o dia que eles (o concunhado e a mulher) ganharam os honorários, eles passaram a ser "bem de vida". A casa foi comprada com o recurso das cartas que eles ganharam suado”, comentou o deputado. O advogado que era dono do imóvel trabalhou como assessor jurídico do sindicato dos servidores que tiveram as cartas de crédito supostamente emitidas de maneira irregular.





Fonte: Do G1

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