Cerca de 200 pessoas participaram nesta quarta-feira (21) de uma passeata organizada pela família da jovem de 22 anos, que morreu após ser atropelada por um carro da Polícia Militar na madrugada de sábado (17), em Alta Floresta, a 800 quilômetros de Cuiabá. “O protesto, que contou com o reforço do comércio, que fechou as portas, é para cobrar providências das autoridades para que a morte da garota não seja esquecida e os culpados sejam punidos”, disse o tio da jovem, Daeson Di Carlli, ao G1.
A passeata começou por volta das 15h no local onde ocorreu o acidente, na avenida Ariosto da Riva, região central da cidade. Os manifestantes passaram pelo Comando Regional da Polícia Militar e pela igreja Matriz.
De acordo com a Polícia Civil do município, que registrou o boletim de ocorrência, a vítima estava em frente a uma casa noturna com um grupo de amigos quando foi atropelada pelo veículo ocupado por dois policiais.
Testemunhas disseram que a jovem estava sozinha na beira da avenida e iria atravessar para o outro lado da via, onde fica a boate. Naquele momento, o veículo da PM a atingiu e, em seguida, bateu na traseira de outro carro.
A viatura, ainda de acordo com a Polícia Civil, havia passado em um quebra-molas, provavelmente em alta velocidade, e perdeu o controle atingindo a jovem a aproximadamente 80 metros depois. Ela foi arremessada para o meio da pista.
A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de chegar à unidade. Já os policiais que estavam no veículo tiveram somente ferimentos leves.
O comandante regional Mauro Anselmo Moraes Ribeiro ressaltou ao G1 que os oficiais foram afastados da rua. Um inquérito foi aberto para averiguar o caso e deve ser concluído em 40 dias. “Solicitamos urgência na investigação. Queremos que essa situação seja elucidada”, disse o comandante. Segundo ele, os depoimentos iniciaram na segunda-feira (19), no entanto, ele não soube precisar se os policiais envolvidos no acidente foram ouvidos.
Moraes enfatizou que os oficiais não estavam alcoolizados e ambos portavam carteira de habilitação. Ele apontou ainda que os soldados são novos na profissão, porém, têm experiência para trabalhar na rua.
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