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Quinta - 22 de Dezembro de 2011 às 15:27

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Feixe de luz  de laser verde ameaça procedimento de pouso e decolagens em MS (Foto: rafa)

Feixe de luz de laser verde ameaça procedimento de pouso e decolagens em MS (Foto: Helder Rafael/G1 MS)

A exposição aos raios emitidos pelas canetas de laser verde pode causar lesão permanente na retina, segundo o oftalmologista Antônio Eduardo Pereira. Segundo a superintendência da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os objetos têm sido utilizados contra cabines de aviões no aeroporto de Campo Grande.

Somente em dezembro, quatro pilotos, alguns deles de voos comerciais, reclamaram à Infraero que tiveram a visão prejudicada durante pousos e decolagens. De acordo com o superintendente da empresa em Mato Grosso do Sul Evandro Castilho Leite, os feixes de luz são usados por pessoas que ficam após as 23 horas em um mirante instalado para a observação de aeronaves.

Caneta de laser usado contra aviões em MS (Foto: Helder Rafael/G1 MS)

Caneta de laser usado contra aviões em MS
(Foto: Helder Rafael/G1 MS)

Consultado pelo G1, Pereira afirma que essas lesões na visão não são identificadas em exames de rotina, sendo necessária uma tomografia de retina para analisar os danos. Segundo o especialista, há casos em que pode ocorrer a perda parcial do campo visual.

Ele acredita que, no caso dos pilotos, o laser pode, no mínimo, tirar a concentração. “O mal pode ser passageiro, mas o suficiente para causar um acidente”, disse o oftalmologista.

Providências
A Infraero disse ao G1 que está elaborando um relatório que deve ser apresentado às polícias Civil e Militar e também à prefeitura. “Acredito que as pessoas que fazem isso não conseguem entender o tamanho do perigo e o risco que uma brincadeira desta pode causar”, diz Leite.

De acordo com o Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) da Aeronáutica, somente este ano, foram relatadas 202 reclamações de visibilidade prejudicada pelas canetas lasers em vários aeroportos do país. O maior número de ocorrências foi em Londrina (PR), com 38 registros.

A "brincadeira" é crime previsto no artigo 261 do Código Penal (expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea). A pena prevista é de dois a cinco anos de prisão, chegando a doze anos em caso de destruição da aeronave.





Fonte: Do G1 MS

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