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Política
Quinta - 22 de Dezembro de 2011 às 16:10
Por: Nayara Araújo/Gabriela Galvão

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O deputado Gilmar Fabris (PSD) alega que apresentou uma emenda em 1994 para igualar os salários dos agentes da Administração Fazendária (AAFs) aos do Grupo TAF (que inclui fiscais e agentes do governo), mas não teve sucesso. Segundo ele, o então governador Jayme Campos (DEM), hoje no Senado, vetou a proposta. “Ele disse que até achava justo, mas que não tinha recurso”, pondera Fabris.

Ele afirma que, em 1996, houve a criação do sindicato dos AFFs e, neste mesmo ano, foi protocolada a ação contra o Estado, pedindo o pagamento dos vencimentos atrasados e a isonomia.

O sindicato venceu em todas as instâncias, mas os funcionários não receberam os valores, segundo Fabris. "A decisão foi do juiz José Silvério Gomes, hoje desembargador, que determinou o recebimento da isonomia do grupo TAF e dos atrasados, com juros e correções monetárias. O Estado entrou com recurso e a Justiça, mas perdeu”, assegura o deputado. O valor do débito aos servidores, em 2000, era de R$ 54, 3 milhões.

O deputado afirma, entretanto, ter sido procurado por representantes do sindicado porque o governo não pagou o débito estipulado. "Eu já vinha defendendo eles desde 1994, então eles me procuraram e falaram que tinham ganho na Justiça, mas nada havia sido pago e que queriam propor um acordo", enfatiza. Dessa forma, na tentantiva de justificar os cálculos das cartas de crédito, que são contestados pela Auditoria Geral do Estado (AGE), Fabris declara que os servidores se propuseram a reduzir o valor de R$ 1,2 bilhão para R$ 480 milhões.  "Deveria ser pago esse valor, pelos 20% de honorário doas advogados", justifica.

O parlamentar lembrou ainda que os servidores não tinham apenas Ocimar Campos como advogado. “Tiveram que pagar uns 30 advogados. Antes fosse só o Ocimar, assim ele teria ficado rico definitivamente”, dispara em defesa de Ocimar, que também é seu concunhado. Fabris conta que em 2008 procurou o então governador Blairo Maggi (PR), hoje no Senado, para apresentar acordo proposto em que o Estado quitaria a dívida e teria um lucro de R$ 800 milhões. "Ele encaminhou a análise dos cálculos para a Procuradoria Geral do Estado (PGE), ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e à própria Assembleia, que autorizou, por meio de projeto, que o governo firmasse o acordo. "Só a auditoria que discorda desse cálculo", alega.





Fonte: RD News

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