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Polícia
Sábado - 31 de Dezembro de 2011 às 07:09
Por: KATIANA PEREIRA

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MidiaNews/Reprodução
ãe de Maiana (dest.) passa a ser suspeita de facilitar a exploração sexual da própria filha
ãe de Maiana (dest.) passa a ser suspeita de facilitar a exploração sexual da própria filha

Uma das vertentes seguidas pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), nas investigações do desaparecimento da adolescente Maiana Vilela Mariano, 16, é de que a menor teria sumido propositalmente, para fugir de uma possível situação de exploração sexual.

O caso, inclusive, teria o consentimento da própria mãe, a diarista Sueli Cícero Mariano, 47.

A delegada Anaíde de Barros, responsável pelo caso, disse, em entrevista ao MidiaNews, que testemunhas informaram que a menor estaria insatisfeita com o relacionamento com o empresário Rogério Silva Amorim, 38, com quem dividia a mesma casa, no bairro CPA II, na Capital.

Mesmo morando com Maiana, o empresário continuava saindo com a esposa e passava os fins de semana com a antiga companheira, a empresária Calisângela Martins, 36.

Na contramão de toda essa situação, a mãe de Maiana revelou, em entrevista ao site e em depoimento à Polícia Civil, nesta semana, que aprovava o relacionamento da filha com o empresário.

Ela, inclusive, segundo a delegada, incentivaria a menor a pedir presentes caros ao namorado. Sueli também receberia benefícios de Rogério.

"Sabemos que foi a mãe da menor que a fez pedir a motocicleta Biz, cor-de-rosa, que ela estava usando quando sumiu. A mãe também fez umas reformas em uns quartos que aluga e que tudo foi custeado por Rogério. Além disso, sabemos o empresário pagava compras, remédios e até as passagens que Sueli usou para a viagem ao Paraná", disse a delegada.

Anaíde de Barros revelou ainda que a possível situação de exploração sexual será averiguada pela Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Dedica), em Cuiabá.

A delegada reforçou que testemunhas, amigas da menor, relataram que Maiana estava triste, nos últimos dias, e que não teria apoio da família para deixar Rogério.

"Amigas da Maiana falaram que ela estava triste, nos últimos dias. Ela ficava muito tempo sozinha e não sabia do relacionamento de Rogério com a esposa. Ele mentia que estava trabalhando e, na verdade, estava com a família. O que nos intrigou é que, em depoimento, a mãe da menor defendeu o empresário de todas as formas. Em nenhum momento, ela demonstrou insatisfação quando soube que Rogério continuava com a esposa. A mesma atitude foi percebida com o irmão da menor. Isso mostra que a Maiana não tinha apoio em casa para findar o namoro. Ela pode ter visto na fuga a única chance de se libertar", revelou a delegada.

Mesmo tendo esse forte indício de fuga proposital, Anaíde não descarta nenhuma possibilidade. "Não descartamos nada. Ela pode ter sido levada por alguém, tudo pode ter acontecido... O mais intrigante em toda essa história é que a Maiana não faz nenhum contato. Todas as ligações que recebemos, dizendo que ela estava bem, não deram em nada", disse.

Banho na Ponte de Ferro

Um comerciante que possui uma lanchonete nas proximidades da Ponte de Ferro, na região do Coxipó do Ouro, na zona rural de Cuiabá, informou à Polícia que viu Maiana tomando banho de rio, em companhia de um rapaz e de um casal. Eles teriam sido vistos no dia 21 passado, data em que a menor desapareceu.

A delegada Anaíde deslocou uma equipe de investigadores para fazer diligências em locais próximos, que possam ter circuito de filmagem, na intenção de ver a menor passando pela localidade.

O certo mesmo é que, 10 dias após ter sido dada como desaparecida, o paradeiro de Maiana ainda é um verdadeiro mistério.

A única informação concreta que a Polícia tem é de que a adolescente descontou um cheque no valor de R$ 500, em uma agência do Banco Itaú, localizada no bairro CPA II, por volta das 13h do dia 21.

Procura-se

Policiais da DHPP informam que qualquer pessoa que tiver informação sobre a localização de Maiana pode informar à Polícia sem se identificar.

As ligações podem ser feitas aos telefones 65-3901-4825/65-3901-4823 ou nos 190 ou 197.

A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.






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