Duas famílias de Cuiabá reivindicam a guarda da menina abandonada. Nesta semana, mulher afirmou em depoimento à polícia ser mãe do bebê.
Bebê achado abandonado em Cuiabá deve deixar hospital na segunda-feira

Devair afirmou ao G1 que a menina deve ficar no abrigo até a Justiça de Mato Grosso definir qual será o destino dela. Nesta semana, uma mulher de 32 anos se apresentou como a suposta mãe do bebê. Mas a maternidade ainda precisa ser comprovada por exame de DNA.

Segundo o conselheiro, a comprovação da maternidade ainda não resolve a questão. Isso porque, a suposta mãe teria problemas mentais. Assim, o bebê poderá ficar sob a guarda de um membro da família da suposta.

A guarda só será iberada pela Justiça, explicou o conselheiro, após um rígido estudo social acompanhado por uma equipe interdisciplinar do Lar da Criança. O estudo será entregue à Justiça que vai definir o futuro da menina.

Mãe não queria ter outro filha
Em depoimento à delegada Alexandra Fachone, que investiga o abandono, a suposta mãe disse que só soube da gravidez ao fazer exames médicos para a realização de uma cirurgia de laqueadura. Ela tem quatro filhos e não queria ter outro.

A suposta mãe também não fez nenhum acompanhamento pré-natal e apenas um exame ultrassom teria sido feito no dia 30 de dezembro, quando constatou que o bebê já estava de 40 semanas. Por isso, a mulher disse à delegada que resolveu ficar sozinha em casa na virada do ano e não acompanhar o marido que foi para casa de parentes.

A mulher confirmou ainda que teve o filho sozinha e que depois saiu perambulando confusa. Ela pegou um ônibus e deixou a criança no centro da cidade. Ela afirmou também que perdeu a consciência e só voltou ao estado normal quando já estava internada em um hospital particular da cidade. Em entrevista, o suposto pai afirmou que nem sabia que a esposa estava grávida, por ela estar acima do peso.

História descartada
Sobre a outra família que reivindicou a guarda da criança, o conselheiro tutelar afirmou que praticamente foi descartada essa informação. Devair disse que uma equipe do Conselho Tutelar foi até a casa da mulher, que se apresentou como a suposta tia do bebê, mas não encontrou qualquer testemunho ou indício de que a mulher tenha alguma sobrinha adolescente de 17 anos, que seria usuária de drogas.