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Política
Domingo - 08 de Janeiro de 2012 às 06:09

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A oposição pediu neste sábado explicações sobre o privilégio que o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) deu ao seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), na liberação do maior volume de emendas parlamentares da pasta em 2011, conforme a Folha revelou na edição deste sábado.

Coelho foi o único congressista que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no Orçamento para pagamento) pelo ministério (R$ 9,1 milhões), superando 219 colegas que também solicitaram recursos para obras da Integração.

Sérgio Lima - 4.jan.2011/Folhapress
Ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional)
Ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional)

"Isso não é normal. Ocorreu um privilégio e isso tem de ser explicado. Como o Congresso vai reagir? Os partidos todos vão querer saber por que houve esse privilégio", disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

Em nota, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), também pediu esclarecimentos ao ministro da Integração e avisou que pretende protocolar um requerimento de informação.

O presidente do DEM e o líder tucano ainda responsabilizaram a presidente Dilma Rousseff pela crise envolvendo a liberação de recursos na pasta.

"Isso é um comportamento sistemático do governo. A responsabilidade do ministro deve ser dividida com a presidente", afirmou José Agripino.

"Nestes últimos nove anos ficou claro que os governos petistas não gostam de transparência. Nesta semana a presidente Dilma determinou o óbvio, que os critérios sejam técnicos. Deveriam ser desde sempre", afirmou Nogueira.

Os dois ainda se manifestaram sobre a promessa de Fernando Bezerra de ir ao Congresso se explicar nesta semana.

Para o presidente do DEM, o ministro não deveria ir agora, em pleno recesso parlamentar.

"Essa ida é inócua. Não tem consequência prática. O Congresso está em recesso. Existe uma comissão temporária, mas ele (o ministro) tem de falar para todo o Congresso", afirmou.

Já Duarte Nogueira disse que está disposto em cobrar o ministro no Congresso, mesmo no recesso. "Se o ministro comparecer ao Congresso, vamos questioná-lo sobre os critérios utilizados para a liberação dos recursos tanto para emendas como para ações de sua pasta", disse o tucano. 






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