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Política
Domingo - 08 de Janeiro de 2012 às 11:21
Por: Valérya Próspero

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A presença dos deputados federais em plenário costuma ser a mais cobrada por parte da população, por ser lá onde as ações dos parlamentares ganham mais visibilidade. Neste ano, no entanto, a maioria das propostas tiveram aprovação em outro local. Dos 637 novos projetos, enquanto 144 foram aprovados em plenário, 493 passaram apenas pelas 20 comissões existentes na Câmara Federal. Em caráter conclusivo, ou seja, sem precisar passar pelo crivo dos demais deputados, os membros destes grupos encaminharam as propostas direto para o Senado ou para a sanção da presidente Dilma Rousseff (PT).

Em Mato Grosso, nem todos os deputados levam essas comissões a sério e a decorrência de faltas está elevada. O campeão de faltas, mais uma vez, é o peemedebista Carlos Bezerra. Ele não participou de mais da metade das reuniões. O mais preocupante, é que o parlamentar é titular da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC), tida como a mais importante do Congresso. Além disso, faz parte do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) da Igualdade de Direitos Trabalhistas. Das 95 reuniões, contudo, participou de 46, o que equivale a 48%. Pelo menos 30 de suas faltas não foram justificadas.

Líder da bancada do Centro Oeste no Congresso, o deputado Wellington Fagundes (PR) é outro que costumas se ausentar. Ele é titular da Comissão de Viação e Transporte (CVT) e suplente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Das 56 reuniões, participou de 35 e não justificou sua ausência em 19.

O democrata Júlio Campos, por sua vez, é titular de quatro comissões e suplente de uma. A que atua há mais tempo é a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. No total, das 81 reuniões das audiências entre o grupo, o ex-governador participou de 61 e não justificou ausência em 16.

Há até mesmo aqueles que sequer participam dos grupos, caso dos deputados Pedro Henry (PP) e Eliene Lima (PSD). Ex-secretários estaduais de Saúde e Ciência e Tecnologia, respectivamente, eles voltaram ao Legislativo somente para garantir fundos às suas emendas parlamentares. Como o período de atuação deveria ser curto, não fizeram questão de dar continuidade aos trabalhos realizados pelos seus suplentes, nem sequer de participar de todas as sessões.

Campeões de presença

O deputado licenciado Valtenir Pereira (PSB), antes de ceder lugar ao suplente Cabo Juliano Rabelo (PSB), além de ter uma boa porcentagem de presença, foi o que teve o maior número de comissões sob sua responsabilidade. Ele é titular de 7 grupos e suplente de um. Ao todo, foram 189 reuniões das quais o socialista participou 165. Ele não justificou sua ausência apenas em 19.

O deputado que mais marcou presença nas comissões de sua responsabilidade, no entanto, foi Nilson Leitão (PSDB), que faz papel de oposição ao governo. Ele é titular de quatro grupos (incluídas as discussões de Projetos de Lei) e suplente de três. Entre elas está a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Das 92 reuniões, o parlamentar esteve presente em 91.

Homero Pereira (PR) é suplente da maioria das comissões em que atua e praticamente todas estão voltadas à agricultura, pecuária e meio ambiente. Entre elas está a Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, uma das poucas das quais é titular. Das 95 reuniões, ele participou de 86 e 7 de suas ausências não foram justificadas.
 





Fonte: RD News

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