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Cidades
Quarta - 11 de Janeiro de 2012 às 20:43
Por: EUZIANY TEODORO

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Midia News
Blocos de concreto, em frente ao Atacadão, em vez de evitar, causam acidentes - na maioria, fatais
Blocos de concreto, em frente ao Atacadão, em vez de evitar, causam acidentes - na maioria, fatais

Familiares e amigos do ex-funcionário da Infraero, José Laurentino Medeiros, 39 anos, morto em um acidente em frente ao Atacadão, no último dia 4 de janeiro, na rodovia Emanuel Pinheiro – a MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães -, vão promover uma manifestação, na sexta-feira (13), em frente ao supermercado.

Ao tentar desviar de um carro e evitar uma colisão, Laurentino bateu nos blocos de concreto e morreu no local do acidente.

A família da vítima e os moradores da região protestam contra segregadores de concreto instalados em frente ao supermercado. Está programada uma passeata a partir das 15h30.

Os blocos de concreto foram colocados no local pela rede de Supermercado Atacadão, com a anuência do Governo do Estado. Na última quinta-feira (5), o vereador por Cuiabá, Antônio Fernandes (PSDB), entrou com uma ação popular na Justiça Estadual.

Como o Judiciário estava em regime de plantão durante o recesso, a ação foi distribuída e será julgada pela Câmara Cível, mas ainda não há previsão. O vereador pede a retirada imediata dos blocos.

Morte na estrada

Funcionário da Infraero, José Laurindo Medeiros no início da madrugada de quinta-feira (5), após perder o controle da motocicleta Honda CB Strada 200 que pilotava.

No veículo, viajava também a esposa do funcionário público, Márcia Martins Medeiros, 41, que fraturou a perna esquerda.

Os dois filhos – um de um ano e outro de três –, que também estavam na moto, saíram ilesos.

Segundo policiais do Plantão Metropolitano, José Laurinto seguia em direção à sua residência.

O acidente ocorreu após o declive. No momento, segundo as informações, trafegavam vários veículos, que tiveram que frear forte para não atropelar as vítimas.

Trecho perigoso

O trecho da rodovia MT-251, em frente ao Supermercado Atacadão, continua com alto índice de acidentes, em função dos blocos de concreto que foram colocados na via pela empresa, em agosto do ano passado.

A medida, conforme informou a Secretaria de Estado de Transportes Urbanos, responsável pela autorização, seria temporária e foi adotada justamente para evitar as colisões.

O Ministério Público, que tentou tomar alguma iniciativa, "está de mãos atadas", conforme a assessoria do promotor de Defesa do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Silva. De acordo com ele, a autorização para que os blocos fossem instalados é de técnicos da Setpu.

A obra já foi interditada uma vez e liberada. Se a medida foi aprovada pela secretaria, então, não há muito o que se fazer, disse a promotoria.

Ao MidiaNews, assessores da Promotoria do Meio Ambiente informaram que o projeto de construção do supermercado foi aprovado levando em consideração a duplicação da MT-251, prevista em projetos de mobilidade urbana que visam à Copa do Mundo de 2014. No entanto, a obra do Atacadão terminou primeiro e a empresa não pode intervir na rodovia.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Transportes Urbanos, a obra da duplicação do trecho está prevista para começar e terminar em 2012. Até lá, a população e os clientes do supermercado continuarão a lidar com os blocos de cimento, com cerca de meio metro, que cortam a pista.

Os segregadores de concreto foram instalados em 10 de agosto, ao longo do primeiro quilômetro da MT-251 e já gerou polêmicas e acidentes.

No dia da instalação, por exemplo, uma ambulância que vinha de Chapada, perdeu o controle e bateu em um dos blocos de concreto. O veículo trazia um ferido de um acidente naquela cidade e também um acompanhante. Ambos sofreram ferimentos leves com a batida.

Segundo a Concresul Engenharia e Construção, empreiteira de Rondonópolis, responsável pela instalação dos segregadores, e a própria Secretaria de Transportes, os blocos foram colocados para dividir a pista e impedir conversão irregular. Porém, outros problemas têm sido gerados.

Outra consequência direta da instalação dos blocos é o espaço que ficou destinado às duas pistas: cerca de quatro metros, que acentua ainda a falta de acostamento na rodovia.






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