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Política
Sexta - 13 de Janeiro de 2012 às 11:08

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"Não vou reclamar o volume de recursos destinados ao estado de Pernambuco, mas, vou reclamar aquilo que não foi para Mato Grosso”, com essa declaração no plenário do Senado, Blairo Maggi marcou sua participação na audiência pública realizada hoje (12.01), pela Comissão Representativa do Congresso Nacional a fim de ouvir do ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra, esclarecimentos sobre as denúncias envolvendo sua pasta.
 
Bezerra teve o nome envolvido em uma série de acusações feitas por meio da imprensa, entre elas, a de ter favorecido seu estado de origem, Pernambuco, com o repasse de 90% dos recursos federais - ora destinados à prevenção de desastres naturais - para obras naquele estado.
 
Dos R$ 98 milhões empenhados pelo ministério em favor de Pernambuco, o ministro explicou que R$ 70 milhões foram destinados à construção de cinco barragens como forma de evitar desastres de grandes proporções a exemplo do que aconteceu em 2009.
 
Críticas e elogios aparte, para o senador Blairo Maggi a discrepância com que o Governo Federal trata as regiões e estados brasileiros prejudica o desenvolvimento econômico, social e até mesmo humano da população, dificultando o crescimento ordenado e regionalizado.
 
“O senhor esteve em Mato Grosso no ano de 2011 e junto ao governador Silval Barbosa fez um acordo para atender a região Noroeste, mas, principalmente a cidade de Colniza. Ao saber da demanda necessária para resolver o problema em todo o Estado - algo próximo a R$ 160 milhões - o ministro se comprometeu em liberar apenas R$ 30 milhões. Desse montante, 5 milhões seriam de forma emergencial e outros 25 milhões pagos posteriormente,  mediante apresentação de projetos. Até hoje não vimos um centavo desse dinheiro, nada foi repassado ao Executivo estadual. Desejo sinceramente que nosso Estado seja visto com a mesma atenção dada aos demais”, cobrou Maggi.
 
Além de cobrar do ministro o cumprimento do acordo, Maggi alertou que o assunto em questão refere-se a situações de emergência e/ou calamidade e por isso, o repasse seria feito à Defesa Civil do Estado.
 
“Estamos falando de questões que não esperam aprovações de projetos, liberações ou licenças. Tivemos uma série de demandas para prevenção de desastres, socorro e atendimento aos municípios atingidos por enchentes e incêndios florestais e o Estado teve que arcar com todas as despesas para a reconstrução das cidades. Na hora do desespero somos obrigados a resolver e depois, vem a legislação nos cobrando as decisões tomadas. Isso muitas vezes nos remete ao Judiciário para concertar. As leis que nós mesmos criamos (Congresso Nacional) acabam prejudicando àqueles que deveríamos ajudar”, lamentou Blairo.
 
O senador fez questão de destacar ainda, que em resposta à sua reivindicação o ministro de Integração, Fernando Bezerra, garantiu anuência ao Plano de Trabalho de Mato Grosso e por isso, os recursos já podem ser usados pelo Estado.
 






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