Líderes da direita cristã nos EUA declaram apoio a Santorum
O ex-senador Rick Santorum ganhou neste sábado o cobiçado apoio de um grupo de 170 líderes evangélicos e ultraconservadores, que deve dar fôlego à sua campanha pela candidatura republicana à Presidência dos EUA.
O político da Pensilvânia, que surpreendeu ao ficar em segundo lugar por uma diferença de apenas oito votos em Iowa, primeira prévia do calendário, tenta derrubar o favoritismo de Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, apelando à ala mais à direita do eleitorado.
Para tanto, porém, precisa pelo menos atrair a direita cristã, que se mostra refratária a Romney mas ainda se divide entre Santorum, o ex-presidente do Congresso Newt Gingrich e o governador do Texas Rick Perry, após a desistência da deputada Michelle Bachmann.
"Após três rodadas de negociação, emergiu um forte consenso em torno do nome de Santorum", disse o presidente da organização Conselho de Pesquisa Familiar, Tony Perkins, em conferência telefônica após o encontro. "O que não parecia possível se concretizou. O grupo se mostrou muito unido."
Romney, um centrista que nos últimos anos vem migrando para a direita em busca do apoio dessa mesma base, tem ganho pontos nas últimas semanas entre o eleitorado mais conservador.
Mas ainda desagrada a liderança evangélica porque é mórmon --religião que alguns evangélicos chamam de "seita"-- e sobretudo por causa de seu histórico de apoio aos direitos gays e anos de silêncio sobre o direito ao aborto --coisas que hoje ele rejeita.
Na segunda prévia, em New Hampshire, na semana passada, pesquisas de boca de urna mostraram que ele foi o preferido também por essa fatia do público, considerada importante para selar a candidatura do partido.
O próximo Estado a votar, no próximo sábado, é a Carolina do Sul, um dos bastiões da comunidade evangélica. Romney é o favorito nas pesquisas, seguido de perto por Gingrich e com Santorum e o deputado do Texas Ron Paul disputando o terceiro lugar.
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