Pré-candidato à prefeitura paulistana acredita que repressão tem sido colocada acima da saúde pública
Foto: Edson Lopes Jr./Terra
O ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), classificou a operação da Polícia Militar na Cracolândia, em São Paulo, de "desarticulada e em grande medida desastrada". Em entrevista à Folha de S. Paulo, o pré-candidato petista à prefeitura paulistana afirmou que a PM tem se focado mais na repressão, quando deveria colocar a questão de saúde pública em primeiro lugar - o que, lembrou, era a promessa do governador Geraldo Alkmin (PSDB). A favor da intervenção do Estado na região, o ministro acredita que a condução da operação é que está sendo equivocada. Outros pré-candidatos à administração municipal de São Paulo também se manifestaram sobre o assunto, que tende a ser um dos temas centrais nos debates eleitorais deste ano.
Andre Matarazzo (PSDB), secretário estadual de cultura, defendeu a ação da PM e afirmou que o PT "faz politicagem com a tragédia" do crack. Também pré-candidato tucano e secretário estadual de meio ambiente, Bruno Covas disse que a ação é "acertada" e responde às expectativas da população. Os dois deram nota 9 à operação e se colocaram a favor da internação compulsória dos craqueiros. Os outros dois pré-candidatos do PSDB, José Aníbal e Ricardo Trípoli, apoiaram a ação da PM paulista via Twitter. Do PMDB, o deputado Gabriel Chalita afirmou que tirar os viciados da Cracolândia não resolve o problema e só vai transferi-los para outros locais pela cidade, mas ponderou que não é contra a presença da polícia no reduto do crack. Celso Russomanno (PRB) defende a mesma posição, mas enquanto o peemedebista é a favor da internação compulsória apenas para menores, o outro acredita que ela seja necessária em todos os casos.
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