"Ele [suspeito] mostrou que não sabia de nada e que só estava levando a bolsa a pedido da irmã, além do que tem bons antecedentes", disse o delegado, ao argumentar que não houve necessidade de pedir a prisão do eletricista. De acordo com o delegado, o rapaz alegou que a irmã dele pediu que ele fosse até a residência da mãe deles e pegasse a bolsa.
Celso Renda afirmou ainda que durante depoimento o jovem contou que a irmã tem um relacionamento amoroso com um detento que cumpre pena na Penitenciária Central do Estado, antigo presídio do Pascoal Ramos, em Cuiabá, o que deixa indícios de que as notas poderiam ter algum envolvimento com o reeducando.
O caso deverá ser investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil. Embora tenha sido liberado, o eletricista assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e será obrigado a comparecer no Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá para uma audiência.
O jovem foi conduzido à Central de Flagrantes depois de ser abordado na Avenida Miguel Sutil, no bairro Jardim Mariana, na capital, pela Polícia Militar. De acordo com a polícia, ele aparentava ser menor de idade e, por isso, foi revistado. Ao averiguar o veículo e os pertences dele, os policiais encontraram as notas manchadas, que foram apreendidas e também serão encaminhadas ao GCCO junto com o processo.
O dispositivo que tenta coibir o ataque a caixas eletrônicos passou a funcionar no ano passado. Porém, alguns meses depois, a polícia descobriu que os ladrões estavam lavando as cédulas com substâncias químicas para que as notas voltassemm a circular no mercado.
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