"Qualquer país, qualquer povo, que conheça um pouco de colonialismo sabe que a Argentina não é um país colonialista", destacou Timerman em entrevista coletiva em El Salvador.
Na sessão semanal de perguntas na Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento britânico) nesta quarta-feira, Cameron havia acusado a Argentina de "colonialismo" pela história reivindicação de Buenos Aires sobre a soberania das Malvinas, dominadas pelo Reino Unido.
O ministro do Interior argentino, Florencio Randazzo, expressou também nesta quarta-feira à imprensa em Buenos Aires que as declarações de Cameron "são absolutamente ofensivas".
A Argentina sustenta que o conflito deve ser solucionado por meios pacíficos, ressaltou Timerman, que completou nesta quarta-feira uma visita a El Salvador como parte de uma viagem pela América Central que já incluiu Panamá e Honduras e continuará nesta quinta na Costa Rica.
"A Argentina defendeu por décadas que a única maneira de resolver a questão das Malvinas e a questão que reivindicamos desde 1833, quando houve a invasão inglesa, é através do diálogo e da negociação pacífica", manifestou o chanceler argentino.
Ele lembrou que é assim que indicam "11 resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas e mais de 29 declarações do Comitê Antidescolonização das Nações Unidas".
"À medida que a Grã-Bretanha conhecer a realidade da América Latina, estaremos mais perto de uma solução", declarou o chanceler, que destacou que a reivindicação argentina se transformou em "uma causa latino-americana".
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