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Esportes
Sexta - 20 de Janeiro de 2012 às 05:58

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A Agência Mundial Antidoping (Wada, pela sigla em inglês) suspendeu parcialmente o laboratório brasileiro Ladetec de realizar exames.

Em nota publicada nesta quinta-feira em sua página na internet, a Wada informa que o laboratório Ladetec, da Universidade Federação do Rio de Janeiro (UFRJ) não tem mais permissão de realizar o exame denominado IRMS nos próximos seis meses.

O IRMS é um exame que distingue a testosterona natural (que é produzida pelo corpo) da sintética e detecta ainda esteroides anabólicos --este foi o mesmo feito por Pedro Solberg, do vôlei de praia, e da ex-nadada Rebeca Gusmão, que acabou suspensa do esporte.

Com a suspensão, todos exames IRMS terão que ser enviados para outro laboratório credenciado à Wada --no Brasil não existe nenhum.

A Wada informa que a UFRJ tem 21 dias a partir da notificação para apelar da decisão na Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, e que voltará a fiscalizar o Ladetec até julho.

A agência diz ainda que qualquer organização antidoping que tenha contrato com o Ladetec e se sentir afetado deverá entrar em contato com a própria Wada.

CASO SOLBERG

Em julho, a Confederação Brasileira de Vôlei anunciou que Pedro Solberg, 25, havia sido flagrado com esteroide em exame-surpresa feito em 30 de maio, no Rio, e levado para análise no Ladetec, laboratório credenciado à Wada. O atleta negou o doping, mas foi suspenso pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei).

  Paula Giolito-30.set.2011/Folhapress  
A ex-jogadora de vôlei Isabel e seu o filho Pedro Solberg em setembro de 2011
A ex-jogadora de vôlei Isabel e seu o filho Pedro Solberg em setembro de 2011

O atleta pediu uma contraprova, feita no mesmo Ladetec. O resultado confirmou o primeiro exame.

Inconformada, a família de Solberg apoiou o jogador para que ele recorresse à FIVB (Federação Internacional de Vôlei), pedindo que sua urina fosse analisada novamente.

Isabel contratou advogados e encomendou laudos a especialistas independentes que apontaram erros nos procedimentos do Ladetec.

Ela diz que já gastou R$ 140 mil para provar a inocência do filho.

A Federação então enviou o material coletado para a Alemanha, para um terceiro exame.

Um exame feito em um laboratório em Colônia, na Alemanha, revelou, porém, que Solberg não violou as regras antidoping estabelecidas pela Wada, a agência mundial antidoping.






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